Luciano Hang cai mais de 300 posições no ranking de mais ricos do mundo

O CEO das lojas Havan, Luciano Hang, caiu mais de 300 posições no ranking da lista de pessoas mais ricas do mundo divulgada pela Forbes. Nesta semana, a publicação divulgou a lista anual das pessoas mais endinheiradas do planeta.

A fortuna do empresário caiu de U$ 4,8 bi em 2021 para U$ 3,2 bi em 2022. Por isso, Hang saiu da 586ª posição para a 905ª.

No âmbito nacional, a categoria específica entre os brasileiros que compõem a lista tem 2.640 nomes. Ele também decaiu consideravelmente no ranking do brasileiro, saindo do top 10 e alcançando a 15ª.

O relatório da Forbes não indica o motivo pelo qual o patrimônio líquido do bilionário tenha diminuído. Porém, recentemente, Hang expressou críticas à varejistas estrangeiras, apontando que estão dizimando pequenas, médias e grandes varejistas brasileiras sem pagar os devidos impostos.

As críticas de Hang foram direcionadas para as gigantes chinesas Shein e AliExpress, para a singapurense Shopee e a estadunidense Wish. De acordo com o empresário, as varejistas de fora atuando de maneira digital farão com que o Brasil deixe de arrecadar em impostos mais de R$ 60 bilhões em 2022 e ultrapassará R$ 100 bilhões, já em 2023.

A dona da Magazine Luiza, Luiza Trajano,  também concordou com a visão contra as varejistas chinesas de que “não tem jeito de competir se você paga 37% de imposto e o outro não paga”.

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BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

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