Luedji Luna: a cantora que quer ser um ícone sem se vender
Em entrevista ao DE, Luedji falou sobre sua decisão de deixar o trabalho mais pop e revelou que não sentia que havia espaço para ela em gêneros como o axé.
Luedji Luna explicou como surgiu a ideia de lançar dois álbuns em um mesmo ano (“Um mar pra cada um” e “Antes que a terra acabe”), algo incomum no mercado musical.
“Um álbum reflete o outro, um é a antítese do outro, mas ambos carregam a mesma essência. São duas versões de mim mesma, cada uma retratada em um álbum”, afirmou a artista, admitindo que enfrentou resistência de sua equipe ao decidir pelo lançamento duplo.
“Sou constantemente questionada. Porém, chego com referências e argumentos. No final, sou eu quem arca com as despesas, o trabalho é meu”, brincou. “Mas nem sempre todos compreendem.”
A cantora também compartilhou sua jornada ao afastar-se do trabalho mais pop e voltar-se para uma abordagem menos comercial.
“Estava exausta com o álbum ‘Deluxe’, não apenas fisicamente, mas também emocional e mentalmente, tentando dar conta de uma dinâmica de trabalho que não me trazia felicidade. Ao tentar ser pop, eu me cobrava mais. Percebi que estava me limitando artisticamente para seguir essa direção mais marcada.”
Luedji Luna também destacou a importância de seu trabalho com “Luedji Luna Canta Sade” para sua carreira. A turnê ajudou a renovar seu público e a reencontrar sua felicidade no processo criativo.
“Com Sade, redescobri a felicidade. Não só por ter me ajudado a me encontrar artisticamente, mas também por me permitir ser a artista que desejo ser.”
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