A analista da CNN Isabel Mega avalia que decisão do presidente visa estreitar laços com o presidente da Câmara e com a ala governista do União Brasil para fortalecer alianças políticas. A saída de Celso Sabino do Ministério do Turismo, anunciada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na quarta-feira (17), representa um aceno político duplo, tanto ao presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), quanto ao partido União Brasil, segundo a analista de política da CNN Isabel Mega. Segundo ela, o pedido de demissão veio da ala governista do União Brasil. ‘O que a gente ouve ali de membros do partido é que o Celso Sabino estava meio sem moral, inclusive, nessa ala. Mesmo depois que ele insistiu em ficar, ele foi expulso do partido. Ele não tinha mais sustentação política’, explicou. Para substituir Sabino, o nome de Gustavo Feliciano, ex-secretário de turismo na Paraíba e filho do deputado Damião Feliciano, surge como provável escolha para o cargo. Segundo a analista, Feliciano tem forte ligação com o ‘clã familiar’ do presidente da Câmara, Hugo Motta, o que fortalece as relações políticas na região. A troca no ministério também representa uma tentativa de Lula de estreitar laços com figuras importantes para as eleições de 2026. Dois personagens foram previamente informados sobre a mudança: o próprio Hugo Motta e Antônio Rueda, presidente do União Brasil, que havia se afastado do Palácio do Planalto. Uma vantagem estratégica do novo indicado é que Gustavo Feliciano não é mais filiado ao União Brasil, tendo se desfiliado recentemente. ‘Quem não é filiado não corre risco de ser expulso se as coisas voltarem a ter temperaturas altas na relação do União Brasil com o governo Lula’, destacou Mega, referindo-se à situação enfrentada por Sabino, que foi expulso de seu partido.




