Lula adia indicação de Messias ao STF e tenta contornar impasse com Alcolumbre

O  ministro da Advocacia-Geral da União, Jorge Messias , é o entrevistado do programa A Voz do Brasil.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva bateu o recorde do seu terceiro mandato na demora para envio da mensagem oficial ao Congresso com a indicação de Jorge Messias ao Supremo Tribunal Federal (STF). Treze dias após o anúncio da escolha, a mensagem ainda não foi formalmente enviada ao Congresso Nacional, causando um impasse no processo de aprovação. Lula planeja entregar pessoalmente a mensagem ao presidente do Senado, Davi Alcolumbre, a fim de resolver a situação e dar início ao rito da indicação.
Anunciada em 20 de novembro, a decisão de indicar Jorge Messias foi publicada no Diário Oficial da União, porém a comunicação oficial ao Congresso ainda não foi efetivada. Este é o maior período decorrido entre anúncio e envio da mensagem em todo o terceiro mandato de Lula, indicando uma demora fora do comum no processo. Com atrasos anteriores na tramitação de indicados, como Cristiano Zanin e Flavio Dino, a situação atual coloca em xeque a estratégia do governo para garantir a aprovação.
O Regimento Interno do Senado estabelece claramente que a sabatina de um indicado ao STF não pode ocorrer sem o envio da mensagem presidencial e sua leitura no plenário. A atitude de Lula em adiar o envio da mensagem parece ser uma tentativa de ganhar tempo para obter apoio político para Messias. Com isso, o governo busca minimizar os riscos de uma possível derrota no plenário, onde precisa de pelo menos 41 votos favoráveis.
Diante das dificuldades enfrentadas por Jorge Messias no Senado, o adiamento do envio da mensagem tornou-se uma estratégia-chave do Planalto. Enquanto isso, Messias procura sensibilizar os senadores e buscar apoio para sua indicação. A relação entre o presidente do Senado, Davi Alcolumbre, e o Planalto está desgastada devido à escolha de Messias em detrimento de Rodrigo Pacheco, o favorito dos parlamentares. Espera-se que um encontro entre Pacheco e Messias só ocorra após a redução da tensão entre as partes.
A tensão entre o Planalto e o Senado aumentou após a decisão de Lula em preterir Rodrigo Pacheco para a vaga no STF, o que causou desconforto entre os parlamentares. O momento é considerado delicado para o envio da mensagem de indicação, levando o governo a adotar uma postura cautelosa. A expectativa é de que a situação se resolva e a aprovação de Jorge Messias seja encaminhada de forma adequada, respeitando os trâmites legais e políticos necessários.

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