Lula admite preocupação com extrema-direita, manda recado a aliados e afaga
Congresso e Judiciário

O ex-presidente Lula demonstrou preocupação com o avanço da extrema direita no país durante a convenção nacional do Partido Socialista Brasileiro (PSB) no último domingo (1º). Lula, que vinha atuando nos bastidores, aproveitou o evento ao lado do vice, Geraldo Alckmin, para enviar uma mensagem clara: irá se posicionar de forma mais incisiva e reduzir possíveis ruídos.

Durante o discurso, Lula também fez questão de enviar recados aos seus aliados, ao Congresso e ao Judiciário. Ele expressou seu receio em relação ao crescimento da extrema direita no Senado, o que não é uma surpresa para quem acompanha seus movimentos nos bastidores. O ex-presidente também elogiou publicamente o presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta, em meio à crise do IOF, reconhecendo o erro do governo em não comunicar previamente o aumento do imposto ao Congresso.

Além disso, Lula dirigiu um aceno ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, defendendo-o das ameaças de parlamentares dos EUA ligados à extrema direita e ao bolsonarismo. O presidente ressaltou que a Justiça brasileira não precisa de interferências externas, direcionando uma resposta clara e objetiva.

Os recados enviados pelo ex-presidente aos seus aliados, ao Congresso e ao Judiciário representam uma tentativa de promover uma organização e evitar possíveis desentendimentos. Lula está ciente da importância de conter ruídos dentro e fora do governo, principalmente em um momento em que o cenário político começa a ser influenciado pela eleição geral de 2026.

A postura de Lula, que antes atuava majoritariamente nos bastidores, reflete uma mudança em sua estratégia: ele pretende se posicionar de forma mais firme e assertiva, ocupando um espaço maior na discussão política. Ao fazer isso, o ex-presidente busca transmitir segurança e estabilidade, mostrando que está atento aos desafios e disposto a enfrentá-los de maneira proativa e transparente.