Lula agradeceu encontro impressionante com Trump e discutiram tarifaço e Venezuela

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Trump se impressionou com tempo em que Lula ficou preso e demonstrou ‘empatia’,
segundo assessores

Presidentes do Brasil e dos Estados Unidos se reuniram na Malásia e trataram de
tarifaço a produtos brasileiros, Lei Magnitsky, Venezuela e, de forma lateral,
no tema “Jair Bolsonaro”.

Lula se diz agradecido por encontro com Trump: ‘Reunião que parecia impossível’

Lula e Donald Trump abordaram uma série de assuntos ao longo dos 45 minutos que
durou o encontro entre os presidentes de Brasil e Estados Unidos. Um dos temas foi a prisão do brasileiro, ocorrida em 2018 antes das eleições presidenciais, segundo informou ao blog assessores ligados ao encontro.

Trump teve interesse na história da prisão do Lula, que começou em 7 de abril de
2018 e acabou com a libertação do petista em 8 de novembro do ano seguinte. O
americano deixou claro que conhecia do assunto e mostrou empatia ao brasileiro.

Lula disse que ficou mais de 580 dias em uma cela da Polícia Federal, o que
Trump achou impressionante. O americano sinalizou algo na linha de que ambos,
ele e Lula, deram a volta no sistema.

Trump passou por processos na Justiça americana após a invasão do Capitólio e,
depois de não ser considerado culpado pela ação dos seus apoiadores, pode
disputar e venceu a eleição presidencial.

Bolsonaro foi tema ‘lateral’ em encontro da Malásia

Lula e Trump trataram de diversos assuntos, conforme uma fonte próxima ao
encontro afirmou ao blog, em especial o tarifaço de 50% imposto a produtos
brasileiros importados pelos Estados Unidos. O lado do Brasil sentiu disposição dos norte-americanos em reconsiderar as
medidas impostas ao país, além do tarifaço, as sanções aplicadas com a Lei
Magnitsky a autoridades brasileiras. Porém, não se espera nada de concreto no curtíssimo prazo, mas consideram que “tem um caminho”. A mudança na situação dependerá de sentir em qual tempo,
intensidade e qual velocidade Trump e seu governo terá em redefinir essas
medidas. Não houve nenhum momento de tensão entre as partes, com delegação brasileira sentindo que Trump “veio desarmado”, interessado a ouvir, enquanto Lula estava
“muito à vontade, sem estar acuado”. A avaliação de fontes que acompanharam a reunião é de que ela consolida uma mudança de etapa no processo de negociação entre os dois países. Veem como o passo mais firme rumo ao fim — ou suspensão — das tarifas ao Brasil. Entendem que foi concluído o processo de descontaminação do fator Bolsonaro na relação entre os dois países. E, agora, começa uma nova etapa: negociar para valer.

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