O presidente brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva, alertou na abertura da cúpula da COP30, em Belém, sobre o perigo das ‘forças extremistas’ que fabricam mentiras visando benefícios eleitorais e a degradação do meio ambiente. Lula foi enfático ao destacar que essas falsidades criadas por grupos extremistas aprisionam gerações futuras em um modelo prejudicial que perpetua a desigualdade social, econômica e ambiental.
Durante seu discurso na sessão plenária da cúpula climática, Lula ressaltou a falta de conexão entre o mundo real, marcado por conflitos e guerras, e as negociações diplomáticas que ocorrem nos salões internacionais. Ele alertou que as rivalidades estratégicas e os conflitos armados desviam recursos cruciais que poderiam ser empregados para combater o aquecimento global.
Como anfitrião do evento, Lula instou os líderes presentes a não abandonarem os objetivos estabelecidos no Acordo de Paris, mesmo diante de um cenário internacional permeado por insegurança, desconfiança e interesses egoístas. Ele lembrou que a temperatura média da Terra ultrapassou a marca de um grau e meio centígrado em relação aos níveis pré-industriais no ano de 2024.
Lula também mencionou um relatório recente do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente, que projeta um aumento de temperatura de 2,5 graus centígrados até o ano de 2100. Ele alertou que as consequências seriam drásticas, com um possível aumento nas mortes e uma significativa redução no PIB global. Além disso, o presidente colombiano, Gustavo Petro, e o chileno, Gabriel Boric, destacaram a urgência de ações concretas diante da crise climática durante seus discursos na COP30.
Ao final, cerca de 60 líderes de Estado e de Governo se reunirão em Belém para discutir medidas eficazes contra as adversidades climáticas, com destaque para a presença de figuras como Emmanuel Macron, Pedro Sánchez e Keir Starmer. A cúpula da COP30 é um importante fórum para debate e ação em prol da preservação ambiental e mitigação das mudanças climáticas.



