O presidente Luiz Inácio Lula da Silva cobrou, nesta terça-feira (16/12), que líderes de países como a França e a Itália apoiem a assinatura do acordo entre o Mercosul e a União Europeia, prevista para ocorrer no próximo sábado (20/12), durante a Cúpula do Mercosul, em Foz do Iguaçu, no Paraná. Lula comentou não ver sentido na resistência dos produtores rurais franceses ao acordo, destacando que os produtos da agricultura da França não competem com os do setor agropecuário brasileiro. Segundo o presidente, líderes como Macron e Meloni precisam assumir responsabilidades e não ter medo de perder competitividade.
O presidente também mencionou a preocupação do presidente francês Macron com os produtores rurais franceses, que temem perder competitividade frente ao Brasil. Lula ressaltou que já comunicou a Macron que os produtos agrícolas franceses não concorrem com os brasileiros, pois são de qualidades distintas. Além disso, enfatizou que o Brasil cede mais do que a França no acordo. No parlamento europeu, uma minoria significativa representando países como França, Itália e Polônia mostra resistência ao acordo Mercosul-UE. Medidas de salvaguarda foram aprovadas para proteger o setor agrícola europeu caso haja desequilíbrio de mercado.
Produtos sensíveis, como carne bovina, aves e açúcar, serão monitorados, podendo a UE aplicar tarifas adicionais se necessário. Enquanto alguns eurodeputados se opõem ao acordo, países como Alemanha e Espanha defendem que este beneficiaria as exportações europeias. A expectativa é que o acordo proporcione vantagens comerciais diante das tarifas dos EUA, que afetam as exportações do bloco. A assinatura do acordo entre Mercosul e UE é vista como uma oportunidade de fortalecer as relações comerciais e impulsionar a economia de ambos os blocos.




