Lula assina decreto de valorização da música gospel para conquistar apoio evangélico

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Em aceno ao eleitorado evangélico, Luiz Inácio Lula da Silva (PT) assina decreto que cria políticas de valorização da música gospel e reconhece o gênero e outros elementos da cultura gospel como manifestação cultural nacional. A medida foi anunciada em uma cerimônia no Palácio do Planalto, com a presença de líderes religiosos, incluindo o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), católico. Este reconhecimento é visto como mais um gesto de Lula em direção ao eleitorado religioso.

Recentemente, um levantamento da Quaest apontou um aumento na desaprovação da gestão de Lula entre pessoas que se identificam como evangélicas, saindo de 58% para 64%. A aprovação também teve uma queda, passando de 38% para 33%. Diante desse cenário, Lula, que pretende concorrer a um quarto mandato no próximo ano, busca se aproximar do eleitor evangélico para conquistar mais votos.

O eleitorado evangélico tem sido um desafio eleitoral para Lula, e em 2022, diante dessa realidade, o ex-presidente enviou uma carta com compromissos aos evangélicos, prometendo não fechar igrejas e defender a liberdade religiosa em um eventual novo governo. Agora, com a assinatura do decreto, que contou com a participação dos ministros Sidônio Palmeira e Gleisi Hoffmann, aliada à presença de Jorge Messias no Supremo Tribunal Federal (STF), nomeado por Lula e ligado à causa evangélica, o presidente busca fortalecer seu apoio nesse segmento.

O decreto estabelece que a cultura gospel, incluindo a música e outros elementos, será vista como parte da manifestação da cultura nacional. Diversos estilos de música gospel, expressões corporais, artes visuais, literatura religiosa e outras formas culturais ligadas à vida cristã foram reconhecidas. Além disso, as políticas públicas de cultura devem incorporar essas diretrizes nacionais para promover e valorizar a cultura gospel.

As ações previstas no decreto visam reconhecer, incentivar e preservar os repertórios, práticas e saberes da cultura gospel, bem como promover a formação e capacitação de agentes culturais, a inclusão da cultura gospel nas políticas locais e no Sistema Nacional de Cultura, a circulação nacional e internacional de obras e artistas e a preservação de acervos musicais e registros de culto. A ministra da Cultura, Margareth Menezes, destacou que o decreto aproxima o cotidiano das comunidades de fé à institucionalidade cultural e enfatizou a importância de abraçar a pluralidade de crenças na política cultural.

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