Lula comunica à Justiça que viajará para Cuba para gravar documentário

Nesta terça-feira, 08, advogados do Lula enviaram ofício à 13ª Vara Criminal Federal de Curitiba comunicando a viagem para gravação de documentário. Conforme o documento, o petista deixará 17 de dezembro e retorna apenas em 20 de janeiro de 2021.

Condenado duas vezes em 2ª Instância e com outros processos em andamento, Lula não está impedido de viajar. A comunicação à Justiça é praxe para quem está na condição de réu.

A defesa de Lula declarou no ofício que a viagem à Cuba não impedirá que ele compareça a nenhum ato judicial em que seja demandada sua presença.

“Conforme se procedeu durante todo o tramitar do feito, o peticionário [Lula] esclarece que não deixará de comparecer a nenhum ato judicial para o qual sua presença seja obrigatória”, escreveram os advogados.

O documentário é dirigido pelo norte-americano Oliver Stone, ganhador do Oscar de melhor diretor com os filmes Platoon (1987) e Born of the Fourth of July (1990).

Esta será a terceira viagem internacional de Lula após a saída da prisão. Em fevereiro, ele foi ao Vaticano quando se encontrou com o Papa Francisco, e à Europa, em março.

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STF homologa plano para melhorar condições de presídios

O Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu homologar o Plano Pena Justa, elaborado pelo governo federal e o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) para enfrentar os problemas encontrados nos presídios do país. A questão foi decidida em sessão virtual do plenário, que foi encerrada no último dia 19.

O plano foi protocolado em setembro deste ano no âmbito da ação na qual o Supremo determinou a elaboração de um plano nacional de enfrentamento aos problemas dos presídios brasileiros, como superlotação de detentos e disputas entre facções.

A determinação ocorreu em outubro de 2023, quando o STF estabeleceu o estado de coisas inconstitucional nas prisões do Brasil.

Com a decisão, a União e os estados foram obrigados a elaborar um plano para enfrentar os problemas do sistema penitenciário.

O Plano Pena Justa é composto por quatro eixos que tratam do controle de entrada e das vagas no sistema prisional; qualidade dos serviços prestados e da estrutura, reintegração social e política para não repetição do estado de inconstitucionalidade apontado pelo STF.

O plano também apresenta indicadores e metas para os anos de 2025, 2026 e 2027.

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