O presidente Luiz Inácio Lula da Silva criticou as mudanças feitas no projeto de lei de combate às facções criminosas aprovado pela Câmara, afirmando que as alterações enfraquecem o combate ao crime organizado e geram insegurança jurídica. Esta foi a primeira manifestação de Lula após a aprovação do projeto pela Câmara, por 370 votos a favor e 110 contra. O relator do projeto, deputado Guilherme Derrite (PP-SP), realizou modificações no texto que desagradaram ao governo, que vinha solicitando alterações desde a semana passada. Todos os deputados do PT presentes votaram contra o texto.

O presidente enfatizou a importância de leis firmes e seguras para o combate ao crime organizado, criticando as mudanças feitas no projeto aprovado pela Câmara. Lula destacou que as alterações propostas enfraquecem o combate ao crime e geram insegurança jurídica, favorecendo aqueles que tentam escapar da lei. Em sua conta no X, Lula pediu ao Senado que realize uma análise responsável do projeto, indicando a possibilidade de alterações na Casa Alta do Congresso. O senador Alessandro Vieira (MDB-SE) será o relator do projeto, conforme anunciado pelo presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP).

O compromisso do governo, segundo Lula, é fortalecer as ações da Polícia Federal, promover maior integração entre as forças de segurança e ampliar o trabalho de inteligência para enfrentar as facções criminosas. O presidente ressaltou que o governo está ao lado do povo brasileiro e não abrirá mão de combater efetivamente toda a cadeia do crime organizado. Lula apelou ao Senado pela necessidade de diálogo e responsabilidade na análise do projeto, reiterando a importância de medidas que efetivamente combatam as organizações criminosas e suas estruturas de comando.