Lula volta a criticar privatização de subsidiária de distribuição da Petrobras
A Vibra Energia, anteriormente conhecida como BR Distribuidora, foi vendida por completo em 2021. Já em ocasiões anteriores, Lula havia expressado sua preocupação com o fato de que o povo estava sendo “assaltado pelo intermediário”.
Durante um evento da Petrobras, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) retomou suas críticas, nesta segunda-feira (24), às tentativas de privatização da empresa petrolífera, destacando a histórica luta pelo desmantelamento da Petrobras desde a sua criação em 1950.
Lula lamentou a demonização que a Petrobras sofreu ao longo dos anos, ressaltando que sempre houve interesses em desmembrar a companhia. Em suas palavras durante o evento em Rio Grande (RS), ele enfatizou as constantes investidas contra a estatal.
O ex-presidente ressaltou que diante da impossibilidade de “destruir a Petrobras”, os defensores da privatização optaram por “fatiar” a empresa. A venda de partes da Petrobras começou com a BR Distribuidora, distribuidora de combustíveis, e segue um plano de desinvestimento mais amplo.
O processo de privatização da BR Distribuidora teve início em 2017, durante o governo de Michel Temer (MDB) e foi finalizado em 2021, na gestão de Jair Bolsonaro (PL), através da venda de ações no mercado. Atualmente, a empresa passou a se chamar Vibra Energia.
Durante sua visita em Rio Grande para acompanhar a aquisição de novas embarcações pela Transpetro, a subsidiária de transporte da Petrobras, Lula reiterou suas críticas à venda de ativos da estatal. Ele expressou sua indignação com a privatização da BR Distribuidora, ressaltando que a população precisa entender os impactos dessa decisão.
O ex-presidente também destacou a importância de uma cadeia de distribuição mais eficiente para baratear o preço dos combustíveis. Ele enfatizou a necessidade de estabelecer uma relação mais direta entre os produtores e consumidores finais, a fim de evitar intermediários que encarecem o preço dos produtos. Lula alertou que, no final das contas, é o povo quem acaba sofrendo com as consequências dessas decisões. Para ele, é essencial que a população saiba quem são os responsáveis pelos preços dos combustíveis e possa responsabilizá-los de forma adequada.