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Lula defende Auxílio Brasil com valor de R$ 600: “O povo merece”

Última atualização 20/10/2021 | 14:13

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva diz que não se importa com o aumento dos auxílios à população mais carente vier em ano eleitoral. De acordo com ele, tanto o Auxílio Brasil, que irá substituir o Bolsa Família, quando o Auxílio Emergencial deveriam ser de R$ 600. As declarações foram feitas nesta quarta-feira (20), durante entrevista à rádio A Tarde, de Salvado (BA).

“Estou vendo agora que (o presidente Jair) Bolsonaro vai dar um auxílio emergencial de R$ 400 que vai durar até o final do ano que vem. Muita gente diz que a gente não pode aceitar porque é um auxílio emergencial eleitoral. Não, não penso assim. […] Ele vai tentar tirar proveito disso? É problema dele. Se alguém acha que vai ganhar o povo porque vai dar um auxílio emergencial de R$ 600, paciência. Eu acho que o povo merece os R$ 600 e acho que ele tem que dar e nós já reivindicamos isso”, disse o ex-presidente.

Lula ainda destacou que a bancada do PT na Câmara Federal pediu aumentos no auxílio há mais de cinco meses. “O PT pediu e mandou uma proposta para a Câmara dos Deputados de um novo Bolsa Família de R$ 600. Então, o que nós queremos é que Bolsonaro dê um auxílio emergencial de R$ 600 ao povo”, reforçou.

Auxílio Brasil

Pronto para ser anunciado nesta terça-feira (19), o governo acabou adiando o anúncio do novo Bolsa Família que estava previsto.

O valor do Auxílio Brasil seria de R$ 400 por mês para cerca de 17 milhões de famílias. São 3 milhões de família a mais do que os beneficiados pelo atual Bolsa Família, que paga a média de um benefício mensal de R$ 189.

A ideia do Palácio do Planalto era começar o pagamento ainda esse mês, após o fim do pagamento da última parcela do Auxílio Emergencial.

O lançamento do programa não entrou na agenda oficial do Planalto, mas o cerimonial foi montado no Palácio para o anúncio e as autoridades foram convidadas. Meia hora antes do horário marcado, os convidados foram informados de que o evento estava cancelado.

Enquanto isso, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) estava em seu gabinete reunido com o ministro da Economia, Paulo Guedes, que resiste com à ideia de que parte do auxílio seja pago com recursos fora do teto de gastos.