O presidente Luiz Inácio Lula da Silva discursou no segundo dia da Cúpula de Líderes do G20, enfatizando a relação entre minerais críticos, inteligência artificial e trabalho decente. Lula ressaltou a importância da integração desses vetores para o presente e o futuro. Ele alertou para o risco de desigualdades geradas pela inovação tecnológica e destacou que países com grandes reservas de minérios não devem ser apenas fornecedores, mas participantes ativos da inovação tecnológica.

Em sua fala, Lula defendeu a criação de uma governança global da inteligência artificial centrada na ONU. Ele ressaltou que a soberania de um país não está apenas na quantidade de recursos naturais, mas na capacidade de transformá-los em benefícios para a população. O presidente alertou para evitar um ‘novo colonialismo digital’, onde a inovação tecnológica pode gerar exclusão se mal utilizada. Ele propôs uma discussão ampla sobre a governança da IA, com as Nações Unidas como centro do debate.

Lula também abordou a importância do investimento responsável em recursos para fortalecer as bases industriais dos países detentores. Destacou a necessidade de proteção aos trabalhadores diante dos avanços tecnológicos. O presidente apontou a disparidade digital global e a importância de inclusão nas tecnologias. Ele mencionou o acesso desigual à internet e o controle de algoritmos como desafios a serem superados.

No G20, Lula propôs que a desigualdade seja tratada como ‘emergência global’ e defendeu mecanismos inovadores para enfrentá-la. Além disso, enfatizou a transição energética e o abandono gradual dos combustíveis fósseis. O presidente também participou de reuniões bilaterais e trilaterais, reforçando a importância do diálogo e cooperação entre os países. O G20 representa uma parcela significativa da economia global, e a liderança de emergentes nos debates é crucial para um desenvolvimento equilibrado e sustentável.