Lula deve assinar carta a evangélicos e divulgar nesta segunda-feira, 10

evangélicos

Com o bloco na rua de olho em novos aliados e, principalmente, votos que garantam a vitória no segundo turno das eleições presidenciais, a campanha de Luiz Inácio Lula da Silva anuncia uma carta do ex-presidente voltada ao público evangélico, onde ele perdeu por ampla margem para o adversário, Jair Bolsonaro (PL) no primeiro turno.

O documento deve ser publicado nesta segunda-feira, 10, e faz parte de uma articulação comandada pela senadora Eliziane Gama (Cidadania-MA). Ela vai ao encontro do que desejam e pedem políticos religiosos favoráveis e contrários a Lula. Eles querem, independente do voto no petista, que ele se manifeste diretamente ao segmento, considerado decisivo no segundo turno.

Lula é reticente quanto à carta e chegou a dizer, nesta quinta-feira, 6, que ela não aconteceria, por exigir manifestação igual para “500 setores da sociedade”. Fontes ouvidas pela CNN, entretanto, indicam que o ex-presidente recebeu “sugestões com termos da carta e se comprometeu com aliados a assinar o documento”.

Na última quarta-feira, 5, pelas redes sociais, o presidente da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro, André Ceciliano (PT), afirmou que defende “um gesto de Lula aos evangélicos” e que seria “uma espécie de Carta aos Brasileiros para esse segmento”.

Soma-se a atitudes como essa, a análise de aliados sobre o impacto mais intenso das fake News sobre os evangélicos, associando a campanha petista à quebra de valores familiares e a ataques contra crenças religiosas e de fé.

Na campanha de 2002, quando eleito presidente pela primeira vez, Lula escreveu a Carta ao Povo Brasileiro, na qual se comprometia, caso eleito, a respeitar os contratos nacionais e internacionais. Na ocasião, o documento foi visto como uma indicação de apoio ao setor econômico-financeiro. (com informações da CNN)

(Foto: Ricardo Stuckert)

 

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Gabinete de transição ganha reforço com Simone Tebet e Kátia Abreu 

Duas semanas após as eleições, o grupo de trabalho responsável pela transição do governo para a posse Lula ganhará reforços. Na lista de integrantes do gabinete que devem ser nomeados estão a ex-presidenciável Simone Tebet, a filha do cantor Gilberto Gil, Bela Gil, e a ex-ministra da Agricultura, Kátia Abreu. Os nomes foram anunciados pelo vice-presidente eleito e coordenador do trabalho, Geraldo Alckmin,  nesta segunda-feira. Ao todo são 31 grupos técnicos.

Gil e Tebet fazem parte do tópico Desenvolvimento Social e Combate a Fome, enquanto Abreu de Agricultura, Pecuária e Abastecimento. As áreas ainda sem nomes definidos são Infraestrutura, Minas e Energia, Previdência Social, Trabalho, Ciência, Tecnologia e Inovação, Desenvolvimento Agrário, Pesca e Turismo. (Veja abaixo todos os nomeados no gabinete de transição).

Na semana passada, a goiana Iêda Leal  foi incluída no grupo para cuidar do eixo e Igualdade Racial com outras seis pessoas, incluindo a ex-ministra da área na gestão de Dilma Rousseff, Nilma Gomes. As outras formações para discussão e planejamento são  Comunicação, Igualdade Racial, Direitos Humanos, Planejamento, Orçamento e Gestão, Indústria, Comércio, Serviços e Pequenas Empresas e Mulheres. 

Há 20 anos, uma lei federal garante acesso de uma equipe formada por 50  pessoas e de um coordenador a informações e dados de instituições públicas. A medida visa colaborar no planejamento de ações a partir da posse do presidente eleito. O trabalho está autorizado a  começar no segundo dia útil do anúncio do vencedor da eleição e deve ser finalizada até o décimo dia após a posse presidencial.

Confira a lista completa dos integrantes do gabinete de transição:

Economia

-Persio Arida, banqueiro, foi presidente do BNDES e do BC

-Guilherme Mello, economista, colaborou com o programa de Lula

-Nelson Barbosa, ex-ministro da Fazenda e do Planejamento de Dilma (PT)

-André Lara Resende, economista e um dos pais do Plano Real

Planejamento, Orçamento e Gestão

-Guido Mantega, ex-ministro da Fazenda e do Planejamento 

-Esther Dweck, professora da UFRJ

-Antônio Correia Lacerda, presidente do Conselho Federal de -Economia

-Enio Verri, deputado federal (PT-PR)

Comunicações

-Paulo Bernardo, ministro das Comunicações de Dilma

-Jorge Bittar, ex-deputado (PT)

-Cézar Alvarez, ex-secretário no Ministério das Comunicações

-Alessandra Orofino, especialista em economia e direitos humanos

Indústria, Comércio e Serviços

-Luciano Coutinho, ex-presidente do BNDES sob Lula e sob Dilma (2007-2016)

-Germano Rigotto, ex-governador do RS (MDB)

-Jackson Schneider, executivo da Embraer e ex-presidente da Anfavea

-Rafael Lucchesi, Senai Nacional

-Marcelo Ramos, deputado federal (PSD-AM)

Micro e Pequenas Empresas

-Tatiana Conceição Valente, especialista em economia solidária

-Paulo Okamotto, ex-presidente do Sebrae

-André Ceciliano, candidato derrotado ao Senado pelo PT no Rio

-Paulo Feldmann, professor da USP

Desenvolvimento Social e Combate à fome

-Simone Tebet, senadora (MDB)

-André Quintão, deputado estadual (PT-MG), sociólogo e assistente social

-Márcia Lopes, ministra de Desenvolvimento Social e Combate à Fome no governo Lula

-Tereza Campello, ministra do Desenvolvimento Social e Combate à Fome no governo Dilma Rousseff

-Bela Gil, apresentadora

Agricultura, Pecuária e Abastecimento

-Carlos Fávaro, senador (PSD-MT)

-Kátia Abreu, senadora (Progressistas-TO)

-Carlos Ernesto Augustin, empresário

-Neri Geller, deputado (PP-MT)

Cidades

-Márcio França, ex-governador de São Paulo (PSB)

-João Campos, prefeito do Recife (PSB)

Desenvolvimento Regional

-Randolfe Rodrigues, senador (Rede-AP)

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