Após uma decisão do STF (Supremo Tribunal Federal) ser “driblada”, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) foi condenado em segunda instância nesta tarde no processo do sítio de Atibaia (SP). Ele deve aguardar em liberdade, mas segue inelegível. Por unanimidade, a 8ª Turma do TRF-4 (Tribunal Regional Federal da 4ª Região) decidiu ampliar a pena para 17 anos, 1 mês e 10 dias em regime fechado. Na primeira instância, a pena estipulada havia sido de 12 anos e 11 meses de prisão.
O Supremo Tribunal Federal (STF), por meio de decisão do ministro Luís Roberto Barroso, determinou nesta segunda-feira, 9, o uso obrigatório de câmeras por policiais militares durante operações no estado de São Paulo. A medida atende a um pedido da Defensoria Pública paulista e estabelece diretrizes rigorosas para monitoramento e transparência nas ações das forças de segurança.
Entre as determinações, estão a recomposição do número de câmeras corporais para, no mínimo, 10.125 dispositivos, gravações ininterruptas, divulgação de dados sobre o programa no portal da Secretaria de Segurança Pública (SSP/SP) e apresentação mensal de relatórios sobre o uso dos equipamentos. Além disso, foi estipulado um prazo de 45 dias para que o governo paulista apresente uma matriz de risco detalhando a alocação prioritária das câmeras com base no índice de letalidade policial.
A decisão ocorre em um contexto de aumento da violência policial no estado. Entre janeiro e outubro de 2023, 1.180 pessoas foram mortas em ações envolvendo policiais militares e civis. Recentemente, um caso de grande repercussão — em que um policial foi filmado jogando um homem de uma ponte — intensificou as críticas à segurança pública sob a gestão do governador Tarcísio de Freitas.
Inicialmente, Tarcísio havia manifestado oposição ao uso das câmeras, mas, em 5 de dezembro, admitiu ter mudado de opinião. Em declaração pública, afirmou que subestimou a importância dos dispositivos no combate à violência policial. “Eu me enganei, estava errado, e não há problema em reconhecer isso. Eu tinha uma visão equivocada sobre a relevância das câmeras”, disse.
Além do reforço do uso das câmeras, Barroso destacou que a falta de supervisão e transparência compromete a efetividade de políticas públicas, agravando os riscos à segurança e à ordem. O ministro também exigiu que sejam regulamentados os processos disciplinares para casos de descumprimento do protocolo de uso das câmeras e divulgados dados estatísticos sobre a aplicação dessa política.