Lula e ministros adiam anúncio de medidas de contenção de despesas






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Reunião do presidente com Fernando Haddad e outros titulares da Esplanada foi inconclusiva e pacote de redução de gastos segue indefinido

Na tarde desta segunda-feira (4), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) convocou uma reunião com o ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad e outros titulares da Esplanada dos Ministérios para discutir medidas de redução de gastos e ajustes econômicos. No entanto, o encontro foi inconclusivo e o pacote de medidas segue indefinido.

Após horas de discussões acaloradas e divergências entre os presentes, ficou evidente que ainda não há consenso sobre o que deve ser feito para equilibrar as contas públicas. Enquanto alguns ministros defendem cortes drásticos em programas sociais, outros argumentam que é preciso buscar alternativas para aumentar a arrecadação.

Fernando Haddad, que assumiu recentemente a pasta da Educação, destacou a importância de investir na formação de mão de obra qualificada e de garantir o acesso de todos os brasileiros à educação de qualidade. Ele ressaltou que cortes indiscriminados na área podem comprometer o futuro do país.

O ministro da Economia, por sua vez, insistiu na necessidade de reduzir gastos e adotar medidas de austeridade para conter o déficit orçamentário. Ele alertou para os riscos de uma crise econômica ainda mais profunda caso o governo não tome medidas responsáveis.

Diante da falta de consenso, o presidente Lula decidiu encerrar a reunião e convocar um novo encontro para os próximos dias, a fim de continuar as discussões e tentar chegar a um acordo sobre o pacote de redução de gastos. Enquanto isso, a equipe econômica segue trabalhando em propostas que possam ser apresentadas ao Congresso Nacional.

Fica claro que a tarefa de equilibrar as contas públicas e garantir o desenvolvimento econômico do país não será fácil. A divergência de opiniões e interesses entre os membros do governo torna o desafio ainda maior, mas é fundamental encontrar soluções que garantam a sustentabilidade fiscal e o bem-estar da população. A sociedade aguarda ansiosamente por definições concretas e ações que possam impulsionar o crescimento do Brasil.


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Ponte TO-MA: Agência irá avaliar qualidade da água de rio após queda de ponte

A Agência Nacional de Águas (ANA) anunciou nesta terça-feira, 24, que está avaliando a qualidade da água no Rio Tocantins, na área onde desabou a ponte Juscelino Kubitschek, entre os municípios de Aguiarnópolis (TO) e Estreito (MA). Essa medida se justifica devido à informação de que alguns dos caminhões que caíram no rio após a queda da ponte carregavam pesticidas e outros compostos químicos.

O foco das análises está no abastecimento de água a jusante (rio abaixo) a partir do local do acidente. A ANA, em conjunto com a Secretaria de Meio Ambiente do Maranhão, vai determinar os parâmetros básicos de qualidade da água e coletar amostras para as análises ambulatoriais. O objetivo é detectar os principais princípios ativos dos pesticidas potencialmente lançados na coluna d’água do rio Tocantins.

As notas fiscais dos caminhões envolvidos no desabamento apontam quantidades consideráveis de defensivos agrícolas e ácido sulfúrico na carga dos veículos acidentados. No entanto, ainda não há informações sobre o rompimento efetivo das embalagens, que, em função do acondicionamento da carga, podem ter permanecido intactas.

Devido à natureza tóxica das cargas, no domingo e segunda-feira, 23, não foi possível recorrer ao trabalho dos mergulhadores para as buscas submersas no rio. O Corpo de Bombeiros do Maranhão confirmou nesta terça-feira, 24, a morte de quatro pessoas (três mulheres e um homem) e o desaparecimento, até o momento, de 13 pessoas.

Sala de crise

Na quinta-feira, 26, está prevista a reunião da sala de crise para acompanhamento dos impactos sobre os usos múltiplos da água decorrentes do desabamento da ponte sobre o rio Tocantins. Além da própria ANA, outros órgãos participam da sala de crise, como o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Renováveis (Ibama), o Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) e o Ministério da Saúde.

O Dnit está com técnicos no local avaliando a situação para descobrir as possíveis causas do acidente. Segundo o órgão, o desabamento foi resultado porque o vão central da ponte cedeu.

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