Lula enfrenta intensas críticas por gafes políticas, incluindo declarações machistas e racistas, que são amplamente exploradas pela oposição nas redes sociais, afetando sua popularidade.
Gafes políticas sob pressão
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva está sob intensa pressão devido às suas constantes gafes políticas, que têm gerado uma onda de críticas nas redes sociais. Conhecido por suas falas espontâneas, Lula transformou discursos simples em capital político no passado, mas agora essas declarações estão alimentando a oposição e gerando críticas até entre seus simpatizantes. A facilidade com que fala de improviso tem sido um desafio para o petista, especialmente em um mundo cada vez mais exigente sobre temas como machismo e racismo, onde as informações repercutem rapidamente nas redes sociais.
Controvérsias e reações negativas
Recentemente, Lula gerou controvérsia ao elogiar a aparência de Gleisi Hoffmann, ministra das Relações Institucionais, justificando sua escolha para o cargo com a frase “essa mulher bonita”. Essa declaração foi amplamente criticada por ser machista e gerou uma reação negativa significativa nas redes sociais. De acordo com dados da consultoria Bites, esse episódio foi o segundo mais criticado nas redes, superado apenas pela comparação feita por Lula entre os ataques israelenses à Faixa de Gaza e o Holocausto, em fevereiro do ano passado.
Impacto nas redes sociais
A fala sobre Gleisi Hoffmann mobilizou mais de 3.300 comentários nas horas seguintes em plataformas como Instagram, Facebook e Threads, com muitos associando o presidente a termos como “absurdo” e “vergonha”, conforme relatório da consultoria GoBuzz. Essa frase desagradou não apenas mulheres e defensores da igualdade de gênero, mas também deu munição aos adversários, que relembram episódios polêmicos do passado para desgastar ainda mais a imagem de Lula.
Outras declarações controversas
Além disso, Lula enfrenta críticas por outras declarações consideradas machistas e racistas. Em janeiro, ele disse que “homens são mais apaixonados pela amante”, e em março de 2024, minimizou os horrores da escravidão, descrevendo-a como “uma coisa boa” por gerar “miscigenação”. Em outro momento, ao lado de uma jovem negra, afirmou que “afrodescendente assim gosta de um batuque de tambor”, o que foi interpretado como racista.
A queda na popularidade
A popularidade de Lula tem caído, especialmente entre as mulheres, devido a essas declarações. A oposição, experiente no uso das redes sociais, aproveita esses deslizes para atacar a imagem do presidente. Com mais de 5,9 milhões de conteúdos nas redes sociais nos últimos 365 dias tratando de declarações de Lula, os episódios mais críticos incluem a menção a Gleisi Hoffmann e outras falas de cunho sexista.
As redes sociais como campo de batalha
As redes sociais têm sido um campo de batalha para Lula, onde suas falas mal colocadas não morrem e são constantemente recicladas e associadas a novas situações, fortalecendo argumentos contrários ao governo. Rafael Bergamo, diretor da GoBuzz, explica que “com as redes, esses conteúdos não morrem. A frase mal colocada fica se reciclando. E, a cada episódio, há uma reoxigenação e associação a novas situações, fortalecendo argumentos contrários ao governo”.
O impacto das gafes na opinião pública
O histórico de gafes de Lula remonta a seus primeiros mandatos, mas agora, com a intensa cobertura nas redes sociais, essas declarações têm um impacto ainda maior na opinião pública. A capacidade de Lula em se adaptar a um mundo mais exigente sobre esses temas é questionada, e suas falas continuam a gerar controvérsias que afetam sua imagem e popularidade.