De acordo com o economista Marcelo Miterhof, do BNDES, citado em um artigo na revista Conjuntura Econômica, 127 cidades brasileiras já adotam a gratuidade total em ônibus – informações de maio deste ano. Esse número sobe para 138 ao considerar outros modelos de transporte e meios de locomoção. O tema já incendiou as ruas durante o governo de Dilma Rousseff e agora retorna com força nas propostas de Lula para 2026.
A ideia da tarifa zero no transporte público é considerada de alto custo, mas beneficia diretamente a população de baixa renda e estudantes. Com um ano de antecedência das eleições, o presidente busca incluir essa medida em seu pacote de incentivos eleitorais, visando conquistar apoio popular. A proposta, porém, enfrenta desafios econômicos e logísticos, tendo em vista a necessidade de investimentos significativos por parte do governo.
A implementação da tarifa zero em diversas cidades do Brasil mostra que a medida é viável, desde que haja um planejamento sólido e sustentável. O debate sobre a gratuidade no transporte público não é novo, mas ganhou destaque durante o governo de Dilma e agora é retomado por Lula como uma das principais bandeiras para a próxima eleição presidencial. A inclusão desse tema no cenário político evidencia a importância do acesso universal ao transporte como um direito social.
Porém, é necessário considerar os impactos financeiros e operacionais da tarifa zero, garantindo a viabilidade a longo prazo. O artigo de Miterhof destaca que a extensão da gratuidade em ônibus para todo o país exigiria um planejamento minucioso e investimentos estratégicos. A proposta de Lula visa não apenas ganhar votos, mas também promover a igualdade de acesso aos serviços públicos, criando um debate importante sobre a mobilidade urbana no Brasil.
Ao incluir a pauta da tarifa zero no transporte público em seu programa político para as eleições de 2026, Lula mostra sua preocupação com questões sociais e busca atender às demandas da população mais carente. A viabilidade da proposta dependerá de um amplo diálogo com especialistas e da definição de fontes de financiamento sólidas. A agenda eleitoral do presidente evidencia a importância de políticas inclusivas e sustentáveis para o desenvolvimento do país, mesmo diante dos desafios econômicos enfrentados atualmente.
