Lula ganha eleições com 54% e Bolsonaro fica em segundo com 46% dos votos, segundo pesquisa Quaest

LÚltima Datafolha traz Lula com 49% das intenções de voto contra 45% de Bolsonaro

Em mais uma rodada de pesquisas eleitorais, Lula (PT) aparece como vencedor da disputa ao Palácio do Planalto. Ele figura com 54% nas intenções de voto, enquanto Jair Bolsonaro (PL) contabiliza 46% da preferência do eleitorado, de acordo com o instituto Genial/Quaest. A margem de erro é de dois pontos percentuais para mais ou para menos.

Considerando os votos totais, o petista conquista 49% dos entrevistados e o candidato à reeleição pelo PL fica com 41%. Votos brancos, nulos e soma de indecisos alcança 10%. A opinião de 2 mil pessoas foi registrada pessoalmente entre 10 e 12 de outubro. A confiança do levantamento é de 95%. A pesquisa foi registrada no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sob o protocolo BR-07106/2022.

De acordo com o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o resultado oficial das urnas na primeira rodada das eleições 2022 foi de 48,4% para o cabeça de chapa do PT e 43,2% para o atual presidente. Lula venceu em 14 estados e no exterior e Jair Bolsonaro em 12 estados, incluindo Goiás, e no Distrito Federal.

A estratégia de campanha de Lula e Bolsonaro  para vencer as eleições  tem sido investir nas regiões onde não tiveram bom resultado nas urnas.  Ex-candidatos a presidente e governadores eleitos e em campanha já se manifestaram a favor de cada um dos candidatos.

A corrida eleitoral esbarra na rejeição e no tempo. Os candidatos a presidente do Brasil buscam apoio dos partidos, mas sete legendas nacionais já se manifestaram pela neutralidade nas eleições. Sete das 32 siglas decidiram não manifestar apoio a Lula nem a Bolsonaro : União Brasil, o MDB, o PSDB, o PSD, o Podemos, o Novo e o DC. O suspense sobre uma possível aliança está sobre o Patriota, PRTB, PMB, PMN e UP.

O segundo turno para escolha do presidente da República será em 30 de outubro. Ao todo, 4.870.354 eleitores espalhados pelo Brasil, sendo a maioria mulheres (52,52% ), decidirão entre Lula e Bolsonaro. Em Goiás, há 92 zonas em 246 municípios somando 2.443 locais de votação que totalizam 14.620 seções eleitorais. 

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Gabinete de transição ganha reforço com Simone Tebet e Kátia Abreu 

Duas semanas após as eleições, o grupo de trabalho responsável pela transição do governo para a posse Lula ganhará reforços. Na lista de integrantes do gabinete que devem ser nomeados estão a ex-presidenciável Simone Tebet, a filha do cantor Gilberto Gil, Bela Gil, e a ex-ministra da Agricultura, Kátia Abreu. Os nomes foram anunciados pelo vice-presidente eleito e coordenador do trabalho, Geraldo Alckmin,  nesta segunda-feira. Ao todo são 31 grupos técnicos.

Gil e Tebet fazem parte do tópico Desenvolvimento Social e Combate a Fome, enquanto Abreu de Agricultura, Pecuária e Abastecimento. As áreas ainda sem nomes definidos são Infraestrutura, Minas e Energia, Previdência Social, Trabalho, Ciência, Tecnologia e Inovação, Desenvolvimento Agrário, Pesca e Turismo. (Veja abaixo todos os nomeados no gabinete de transição).

Na semana passada, a goiana Iêda Leal  foi incluída no grupo para cuidar do eixo e Igualdade Racial com outras seis pessoas, incluindo a ex-ministra da área na gestão de Dilma Rousseff, Nilma Gomes. As outras formações para discussão e planejamento são  Comunicação, Igualdade Racial, Direitos Humanos, Planejamento, Orçamento e Gestão, Indústria, Comércio, Serviços e Pequenas Empresas e Mulheres. 

Há 20 anos, uma lei federal garante acesso de uma equipe formada por 50  pessoas e de um coordenador a informações e dados de instituições públicas. A medida visa colaborar no planejamento de ações a partir da posse do presidente eleito. O trabalho está autorizado a  começar no segundo dia útil do anúncio do vencedor da eleição e deve ser finalizada até o décimo dia após a posse presidencial.

Confira a lista completa dos integrantes do gabinete de transição:

Economia

-Persio Arida, banqueiro, foi presidente do BNDES e do BC

-Guilherme Mello, economista, colaborou com o programa de Lula

-Nelson Barbosa, ex-ministro da Fazenda e do Planejamento de Dilma (PT)

-André Lara Resende, economista e um dos pais do Plano Real

Planejamento, Orçamento e Gestão

-Guido Mantega, ex-ministro da Fazenda e do Planejamento 

-Esther Dweck, professora da UFRJ

-Antônio Correia Lacerda, presidente do Conselho Federal de -Economia

-Enio Verri, deputado federal (PT-PR)

Comunicações

-Paulo Bernardo, ministro das Comunicações de Dilma

-Jorge Bittar, ex-deputado (PT)

-Cézar Alvarez, ex-secretário no Ministério das Comunicações

-Alessandra Orofino, especialista em economia e direitos humanos

Indústria, Comércio e Serviços

-Luciano Coutinho, ex-presidente do BNDES sob Lula e sob Dilma (2007-2016)

-Germano Rigotto, ex-governador do RS (MDB)

-Jackson Schneider, executivo da Embraer e ex-presidente da Anfavea

-Rafael Lucchesi, Senai Nacional

-Marcelo Ramos, deputado federal (PSD-AM)

Micro e Pequenas Empresas

-Tatiana Conceição Valente, especialista em economia solidária

-Paulo Okamotto, ex-presidente do Sebrae

-André Ceciliano, candidato derrotado ao Senado pelo PT no Rio

-Paulo Feldmann, professor da USP

Desenvolvimento Social e Combate à fome

-Simone Tebet, senadora (MDB)

-André Quintão, deputado estadual (PT-MG), sociólogo e assistente social

-Márcia Lopes, ministra de Desenvolvimento Social e Combate à Fome no governo Lula

-Tereza Campello, ministra do Desenvolvimento Social e Combate à Fome no governo Dilma Rousseff

-Bela Gil, apresentadora

Agricultura, Pecuária e Abastecimento

-Carlos Fávaro, senador (PSD-MT)

-Kátia Abreu, senadora (Progressistas-TO)

-Carlos Ernesto Augustin, empresário

-Neri Geller, deputado (PP-MT)

Cidades

-Márcio França, ex-governador de São Paulo (PSB)

-João Campos, prefeito do Recife (PSB)

Desenvolvimento Regional

-Randolfe Rodrigues, senador (Rede-AP)

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