O presidente Lula chamou o advogado-geral da União, Jorge Messias, para uma reunião no Palácio da Alvorada, em Brasília, e o indicou para a vaga no STF (Supremo Tribunal Federal). A indicação já foi assinada pelo presidente. Na noite de segunda, Lula recebeu o senador Rodrigo Pacheco para uma conversa no Palácio do Planalto e deixou claro que Messias seria o escolhido para a vaga de Luís Roberto Barroso. Lula afirmou que Pacheco é importante para Minas Gerais e cogitou sua candidatura ao governo em 2026, enfatizando que ser governador é mais relevante que ser ministro do STF. Messias enfrenta resistência no Senado devido à preferência pela indicação de Pacheco. Lula, por sua vez, defende sua prerrogativa de escolha. Como principal referência jurídica no governo, Messias conquistou reconhecimento do presidente. Inicialmente sem proximidade com Lula, ele se tornou peça fundamental no governo, participando da transição e sendo elogiado por sua eficiência e discrição. Apesar de ter sido preterido para a vaga anterior no STF, Messias ampliou seu espaço ocupando funções anteriormente desempenhadas por Flávio Dino. Sua firme defesa do STF e seu papel na contenção de ataques bolsonaristas foram elogiados por Lula, que o considera maduro para o tribunal. A atuação combativa de Messias nas disputas com o Congresso e no apoio ao STF diante de pressões externas trouxeram resultados positivos para o governo. A relação próxima com Lula e sua experiência como chefe da assessoria jurídica de um senador contribuíram para sua ascensão e reconhecimento. Com o apoio de Messias, o STF obteve respaldo em importantes decisões e enfrentou desafios com firmeza. Sua interlocução com setores evangélicos e a representatividade que trará ao STF como terceiro evangélico a ocupar o cargo são aspectos relevantes de sua indicação. Messias se destaca não apenas pela sua atuação jurídica, mas também por sua conexão com diferentes segmentos da sociedade, o que pode ser fundamental para o equilíbrio do tribunal.