Lula embarca neste sábado para viagem de uma semana ao Japão e ao Vietnã
Primeira parada em Tóquio inclui agendas com imperador, primeiro-ministro e
empresários. Presidentes da Câmara e do Senado acompanham Lula na Ásia.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) embarca na noite deste sábado (22)
para uma viagem ao Japão e ao Vietnã, planejada para ampliar parcerias comerciais na Ásia.
A equipe de Lula considera estratégico diversificar as correntes de negócios com outros países, a fim de reduzir a dependência da China, maior parceiro comercial do Brasil, e de sinalizar equilíbrio na guerra comercial travada atualmente entre chineses e americanos. Os Estados Unidos são o segundo maior parceiro comercial do Brasil.
A primeira parada de Lula neste giro pela Ásia será em Tóquio, capital japonesa, onde ficará de segunda-feira (24) a quinta (27). Um dos principais temas será a tentativa de abrir o mercado japonês para carne bovina do Brasil.
ENCONTRO COM IMPERADOR
No Japão, Lula será recebido para uma visita de “primeira categoria”, a mais alta da diplomacia local. Apenas uma visita deste tipo – que prevê inclusive uma audiência com o imperador Naruhito – é realizada por ano. O encontro está previsto para terça-feira (25).
Imperador japonês, Naruhito, e a imperatriz Masako durante cerimônia em 2022. — Foto: Yuichi Yamazaki/Pool Photo via AP
Na quarta (26), Lula deve participar de um fórum empresarial e terá reunião de trabalho com o primeiro-ministro do Japão, Shigeru Ishiba.
O governo tem a expectativa de viabilizar vendas de aeronaves da Embraer e de avançar nas tratativas para abrir o mercado japonês à carne bovina brasileira. No entanto não há garantia de que o anúncio sobre a carne possa ser feito durante a viagem.
Brasil e Japão têm 130 anos de relação. Cerca de 211 mil brasileiros vivem no Japão, enquanto o Brasil abriga a maior comunidade nipodescendente fora do Japão, estimada em mais de 2 milhões de pessoas, segundo o Itamaraty.
Em março do ano passado, Lula recebeu o então primeiro-ministro do país, Fumio Kishida, em Brasília, em uma agenda que abordou temas como comércio, meio ambiente e transição energética.