Lula lidera em 15 estados, Bolsonaro em seis; Goiás vive empate técnico

Lula x Bolsonaro disputa

De acordo com os levantamentos Ipec da última semana, Lula (PT) possui o apoio de 15 estados nas Eleições de 2022. Bolsonaro (PL), por sua vez, tem maioria em seis unidades federativas (UFs). Além disso, cinco vivem situação de empate técnico, incluindo Goiás. Nessa compilação, apenas o Mato Grosso do Sul ficou de fora, pois teve a pesquisa suspensa por determinação da Justiça Eleitoral.

A disputa estadual entre Lula e Bolsonaro

Em um levantamento feito no final de agosto, levando em conta todas as pesquisas com registros no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Lula liderava em 11 estados, contra oito UFs de Bolsonaro. Naquela ocasião, Pará e Roraima ficaram de fora da lista, pois não apresentaram registros de pesquisa.

No Ipec da primeira semana de setembro, a situação se mostra um pouco diferente. Lula conseguiu o apoio de mais quatro estados, tomando o lugar de Bolsonaro em três deles, enquanto o outro trata-se do Pará, que não aparecia nas pesquisas de agosto. Roraima, por outro lado, tem maioria do atual presidente.

Os estados em que Lula lidera são os seguintes: Amazonas, Pará, Tocantins, Maranhão, Piauí, Ceará, Bahia, Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco, Alagoas, Sergipe, Minas Gerais, São Paulo e Rio Grande do Sul. Bolsonaro, por sua vez, está à frente no Acre, Rondônia, Roraima, Mato Grosso, Distrito Federal e Santa Catarina.

Em agosto, os estados com empate técnico eram Goiás, Amapá, Espírito Santo, Rio de Janeiro e Santa Catarina. Desses, apenas Santa Catarina mudou o cenário, agora com apoio majoritário de Bolsonaro. Já o Paraná deixou de ser pró-Bolsonaro e no momento vive um empate técnico. As pesquisas têm margem de erro de três pontos.

Portanto, o apoio central de Lula está no Nordeste, enquanto o de Bolsonaro reside no Centro-Oeste. Apesar de Goiás viver um empate técnico, são 39% de intenções de voto para Bolsonaro e 34% para Lula. Considerando que Mato Grosso do Sul tinha apoio majoritário de Bolsonaro no fim de agosto, é possível perceber a tendência da região.

No Sudeste, Lula está crescendo, sendo que o atual presidente não possui maior apoio em nenhum dos estados. No Norte e no Sul, a situação está empatada.

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Gabinete de transição ganha reforço com Simone Tebet e Kátia Abreu 

Duas semanas após as eleições, o grupo de trabalho responsável pela transição do governo para a posse Lula ganhará reforços. Na lista de integrantes do gabinete que devem ser nomeados estão a ex-presidenciável Simone Tebet, a filha do cantor Gilberto Gil, Bela Gil, e a ex-ministra da Agricultura, Kátia Abreu. Os nomes foram anunciados pelo vice-presidente eleito e coordenador do trabalho, Geraldo Alckmin,  nesta segunda-feira. Ao todo são 31 grupos técnicos.

Gil e Tebet fazem parte do tópico Desenvolvimento Social e Combate a Fome, enquanto Abreu de Agricultura, Pecuária e Abastecimento. As áreas ainda sem nomes definidos são Infraestrutura, Minas e Energia, Previdência Social, Trabalho, Ciência, Tecnologia e Inovação, Desenvolvimento Agrário, Pesca e Turismo. (Veja abaixo todos os nomeados no gabinete de transição).

Na semana passada, a goiana Iêda Leal  foi incluída no grupo para cuidar do eixo e Igualdade Racial com outras seis pessoas, incluindo a ex-ministra da área na gestão de Dilma Rousseff, Nilma Gomes. As outras formações para discussão e planejamento são  Comunicação, Igualdade Racial, Direitos Humanos, Planejamento, Orçamento e Gestão, Indústria, Comércio, Serviços e Pequenas Empresas e Mulheres. 

Há 20 anos, uma lei federal garante acesso de uma equipe formada por 50  pessoas e de um coordenador a informações e dados de instituições públicas. A medida visa colaborar no planejamento de ações a partir da posse do presidente eleito. O trabalho está autorizado a  começar no segundo dia útil do anúncio do vencedor da eleição e deve ser finalizada até o décimo dia após a posse presidencial.

Confira a lista completa dos integrantes do gabinete de transição:

Economia

-Persio Arida, banqueiro, foi presidente do BNDES e do BC

-Guilherme Mello, economista, colaborou com o programa de Lula

-Nelson Barbosa, ex-ministro da Fazenda e do Planejamento de Dilma (PT)

-André Lara Resende, economista e um dos pais do Plano Real

Planejamento, Orçamento e Gestão

-Guido Mantega, ex-ministro da Fazenda e do Planejamento 

-Esther Dweck, professora da UFRJ

-Antônio Correia Lacerda, presidente do Conselho Federal de -Economia

-Enio Verri, deputado federal (PT-PR)

Comunicações

-Paulo Bernardo, ministro das Comunicações de Dilma

-Jorge Bittar, ex-deputado (PT)

-Cézar Alvarez, ex-secretário no Ministério das Comunicações

-Alessandra Orofino, especialista em economia e direitos humanos

Indústria, Comércio e Serviços

-Luciano Coutinho, ex-presidente do BNDES sob Lula e sob Dilma (2007-2016)

-Germano Rigotto, ex-governador do RS (MDB)

-Jackson Schneider, executivo da Embraer e ex-presidente da Anfavea

-Rafael Lucchesi, Senai Nacional

-Marcelo Ramos, deputado federal (PSD-AM)

Micro e Pequenas Empresas

-Tatiana Conceição Valente, especialista em economia solidária

-Paulo Okamotto, ex-presidente do Sebrae

-André Ceciliano, candidato derrotado ao Senado pelo PT no Rio

-Paulo Feldmann, professor da USP

Desenvolvimento Social e Combate à fome

-Simone Tebet, senadora (MDB)

-André Quintão, deputado estadual (PT-MG), sociólogo e assistente social

-Márcia Lopes, ministra de Desenvolvimento Social e Combate à Fome no governo Lula

-Tereza Campello, ministra do Desenvolvimento Social e Combate à Fome no governo Dilma Rousseff

-Bela Gil, apresentadora

Agricultura, Pecuária e Abastecimento

-Carlos Fávaro, senador (PSD-MT)

-Kátia Abreu, senadora (Progressistas-TO)

-Carlos Ernesto Augustin, empresário

-Neri Geller, deputado (PP-MT)

Cidades

-Márcio França, ex-governador de São Paulo (PSB)

-João Campos, prefeito do Recife (PSB)

Desenvolvimento Regional

-Randolfe Rodrigues, senador (Rede-AP)

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