O presidente Luiz Inácio Lula da Silva colocou em dúvida o lançamento da pré-candidatura de Flavio Bolsonaro à presidência da República e disse que “quem inventa muito nome é porque não tem nenhum”. O Palácio do Planalto considera como remota a possibilidade de Flávio Bolsonaro consolidar sua candidatura, devido à resistência do Centrão a seu nome e ao apoio ao governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos-SP).
Para Lula, o governador de São Paulo é o candidato mais competitivo do grupo adversário. No entanto, ele enfatiza que a eleição não será fácil com o sobrenome Bolsonaro nas urnas. Há a ponderação de que Flávio Bolsonaro, apesar de ser considerado o mais moderado da família, terá dificuldade em unir o Centrão em torno de sua candidatura, devido ao desgaste de ser um Bolsonaro e ter sido indicado pelo pai, em processo de condenação por tentativa de golpe de estado.
O PT já trabalha para minar os apoios de partidos do centrão, como MDB, PSD, Republicanos e PP nos estados. Durante entrevista, Lula respondeu às críticas do governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), afirmando que seu governo seria uma “bomba relógio”. Além disso, ironizou a possibilidade de candidatura de Zema à presidência, fazendo alusão ao vídeo em que o governador ingeriu uma banana com casca. Lula destacou a diferença entre a atuação na internet e a necessidade de campanha de rua para conquistar votos e demonstrar realizações.
Lula afirmou que é preferível comer um pão com mortadela do que uma banana com casca, enfatizando que nem os macacos consomem bananas dessa forma. Em suas considerações, Lula reforçou as estratégias que o PT vem adotando para desunir partidos no centrão e conquistar apoios para as eleições vindouras, visando consolidar sua presença política e do partido. A postura crítica e irônica de Lula em relação aos possíveis adversários reflete a atmosfera política tensa e estratégias competitivas que permeiam o cenário eleitoral.




