Lula não irá à posse de Trump; presidente deseja diálogo e sucesso

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) não deve ir à posse do presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump (Partido Republicano), em 20 de janeiro de 2025. Esta decisão se baseia em uma tradição norte-americana de convidar apenas os chefes das missões diplomáticas dos países em Washington D.C. ao evento, e não os líderes estrangeiros.
 
Em janeiro de 2009, quando Barack Obama tomou posse para seu primeiro mandato, os EUA não convidaram outros chefes de Estado. Naquela época, Lula estava em seu segundo mandato e os dois se encontraram pela primeira vez em março de 2009, durante uma visita de Lula a Washington D.C.
 
Donald Trump venceu a disputa eleitoral contra a vice-presidente e candidata do Partido Democrata, Kamala Harris. Até 11h34 de 8 de novembro, Trump tinha 295 delegados, enquanto Harris tinha 226 – são necessários pelo menos 270 delegados para vencer. Ainda faltam definir os vencedores nos Estados de Nevada e Arizona, onde Trump lidera.
 
Lula se manifestou em seus perfis nas redes sociais na manhã de 6 de novembro, parabenizando Trump pela vitória eleitoral e retorno à presidência dos EUA. “Meus parabéns ao presidente Donald Trump pela vitória eleitoral e retorno à presidência dos Estados Unidos”, declarou Lula no X (ex-Twitter). Ele também desejou sorte e sucesso ao novo governo do republicano.
 
Lula afirmou que a democracia é a “voz do povo” e deve ser sempre respeitada. “O mundo precisa de diálogo e trabalho conjunto para termos mais paz, desenvolvimento e prosperidade”, disse. Anteriormente, em 1º de novembro, Lula havia declarado que torcia pela vitória de Kamala Harris, sugerindo que um eventual retorno de Trump à Casa Branca seria o “fascismo e o nazismo voltando a funcionar com outra cara”.
 
O presidente brasileiro também expressou sua intenção de manter uma relação civilizada com Trump, destacando a importância da relação diplomática entre os dois países. “Nós dois, como chefes de Estado de dois países importantes na América, temos que ter uma relação muito civilizada, muito democrática, porque o Brasil tem uma relação privilegiada com os Estados Unidos”, afirmou.

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PF investiga general ligado ao governo Bolsonaro por imprimir plano para matar Moraes, Lula e Alckmin no Planalto

A Polícia Federal (PF) revelou que o general Mário Fernandes, ex-secretário-executivo da Secretaria-Geral da Presidência e ex-ministro interino do governo Bolsonaro, teria impresso no Palácio do Planalto um “plano operacional” para assassinar o ministro Alexandre de Moraes, do STF, além do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e do vice-presidente Geraldo Alckmin. Denominado “Punhal Verde e Amarelo”, o plano de três páginas foi encontrado no gabinete da Secretaria-Geral. Fernandes foi preso na manhã desta terça-feira (19).

De acordo com a PF, o documento, salvo sob o título “Plj.docx” (referência à palavra “planejamento”), detalhava a execução do plano. Além disso, outros arquivos sensíveis, como “Fox_2017”, “Ranger_2014” e “BMW_2019”, foram localizados na pasta “ZZZZ_Em Andamento”, que a polícia interpretou como um indício de que as ações estavam em fase ativa. Curiosamente, os nomes dos arquivos remetiam a veículos pessoais do general, segundo o relatório policial.

A defesa de Mário Fernandes ainda não se pronunciou sobre o caso.

Operação e alvos

A operação desta terça-feira prendeu quatro militares e um policial federal, todos investigados por ligação com um suposto grupo denominado “Kids Pretos”, formado por integrantes das Forças Especiais. O grupo é acusado de planejar o assassinato de lideranças políticas após a derrota de Jair Bolsonaro nas eleições de 2022.

Ao todo, a operação cumpriu cinco mandados de prisão preventiva, três mandados de busca e apreensão e determinou 15 medidas cautelares, incluindo a entrega de passaportes e a suspensão de funções públicas dos envolvidos. Entre os alvos estão Hélio Ferreira Lima, Rafael Martins de Oliveira e Rodrigo Bezerra de Azevedo, além do policial federal Wladimir Matos Soares.

A investigação faz parte de um inquérito mais amplo que apura possíveis tentativas de golpe de Estado relacionadas à eleição de 2022.

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