O presidente Luiz Inácio Lula da Silva encerra o ano político como o grande vencedor no cenário brasileiro, marcando uma posição forte para 2026. Esse sucesso não é resultado de um único fator, mas sim de uma combinação de elementos que fortalecem sua liderança. Em primeiro lugar, as pesquisas de opinião o colocam como líder em todos os cenários, demonstrando uma consistência que vai além de uma mera momentânea preferência. Isso mostra uma resiliência eleitoral que desafia seus adversários.
A desorganização da oposição também joga a favor de Lula. O lançamento de Flávio Bolsonaro como candidato do bolsonarismo gerou mais divisões do que união na direita, revelando insatisfação e falta de coesão. A escolha de um candidato pouco empolgante fragilizou a oposição antes mesmo do início oficial da corrida eleitoral.
Lula se beneficiou da falta de impacto negativo em sua imagem por conta de escândalos recentes, como o caso do INSS e do Banco Master. Mesmo diante dessas polêmicas, sua aprovação se mantém estável, com índices em torno de 50% e em crescimento. A blindagem política perante esses desafios favorece a sua posição.
A atuação internacional de Lula também contribui para o seu fortalecimento. O restabelecimento do diálogo com os Estados Unidos trouxe benefícios, como a redução de tarifas e o afastamento da ameaça de aplicação da Lei Magnitsky ao ministro Alexandre de Moraes. Essa vitória diplomática é mais um trunfo para o presidente.
Além disso, a economia segue como aliada de Lula, com crescimento do PIB consistente, inflação em queda e baixa taxa de desemprego. Mesmo com distorções nas métricas, a percepção social de estabilidade é favorável ao presidente. Com todos esses elementos a seu favor, Lula inicia 2026 em uma posição privilegiada, exigindo realismo e estratégia por parte da oposição para enfrentá-lo em uma eleição desafiadora.