Última atualização 09/06/2023 | 15:12
O Instituto Paraná Pesquisas (Ipec) divulgou nesta sexta-feira, 9, os resultados da pesquisa de aprovação em relação ao governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). O levantamento, encomendado pelo jornal O Globo, mostra que a opinião pública favorável ao petista diminuiu 10 pontos percentuais no Nordeste, região que decidiu o resultado nas urnas nas eleições 2022.
De acordo com o Ipec, desde abril, a avaliação positiva do governo caiu de 55% para 45% e, apesar de a popularidade do político ter caído no Nordeste, a região continua representando a maior parcela de aprovações. Já no que se refere a reprovação, o Norte e o Centro-Oeste saíram na frente com o aumento de 12%, sendo que em abril era de 21% e, na nova rodada, 33% de desaprovação.
Em termos gerais, o levantamento aponta que o grupo que classifica a terceira administração do petista como “boa” ou “ótima” passou de 39% (abril) para 37%. Entretanto, as avaliações “ruim” ou “péssima” aumentaram de 26% (abril) para 28%. Antes representando 30%, os que consideram o governo “regular” agora totalizam 32%.
O eleitorado que vive mensalmente com até um salário mínimo representa o maior número de aprovações do governo, com 43%, mas também representou queda, uma vez que em abril o percentual era de 53%. Já na parcela mais rica, ou seja, aquela que tem ganhos mensais acima de cinco salários mínimos, o opinião “boa” ou “ótima” saiu de 30% para 36%.
O primeiro levantamento feito pelo Ipec foi em março e a diferença entre os grupos satisfeitos e insatisfeitos era de 17%. Já na pesquisa feita em junho deste ano, a distância está em 9%.
Para chegar aos resultados, o Instituto entrevistou 2.000 pessoas no período de 1º a 5 de junho, levando em consideração 127 municípios do país. Vale ressaltar que todas as variações estão dentro da margem de erro de dois pontos percentuais para mais ou para menos, mas a conclusão de fato indica uma tendência negativa da opinião pública.
Crise
Conforme às análises do jornal O Globo, a tendência negativa surge em um momento de crise do governo com o Congresso e a dificuldade em se aliar. Entretanto, os indicadores econômicos apresentaram melhora, levando em consideração o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) no primeiro trimestre de governo e a desaceleração da inflação.
A CEO do Ipec, Márcia Cavallari, avalia que as oscilações podem decorrer de uma “acomodação natural da avaliação do início do governo, do reajuste entre desejo e percepção”. Além disso, Cavallari avalia que os efeitos positivos podem ainda não terem sido percebidos pelos eleitores.