Lula embarcou nesta terça para participar da IX Cúpula da CELAC em Honduras, evento que contará com representantes dos 33 países da América Latina e do Caribe, além de delegados de organismos internacionais e convidados. Medidas de Donald Trump podem ser tema de debate durante o encontro. O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) partiu nesta terça-feira (8) para Honduras, onde marcará presença na quarta-feira (9) na IX Cúpula da Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (CELAC), que acontecerá em Tegucigalpa, a capital hondurenha.
O evento reunirá representantes de todos os países da América Latina e do Caribe, juntamente com delegados de organismos internacionais e parceiros extrarregionais convidados pela presidência hondurenha. A CELAC é o único mecanismo de diálogo que abrange todos os países em desenvolvimento do continente americano.
Durante a Cúpula, os países membros da CELAC terão a oportunidade de revisar os trabalhos realizados em 2024 e discutir as iniciativas que serão implementadas ao longo de 2025. Destaques incluem o Plano de Segurança Alimentar, Nutrição e Erradicação da Fome da CELAC 2030 (Plano SAN-CELAC 2030) e o Fundo de Adaptação Climática e Resposta Integral a Desastres Naturais (FACRID) da Comunidade.
O encontro ocorre em um momento em que o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou o que chamou de “tarifaço”, impondo tarifas a países considerados como “ladrões” na relação comercial com os EUA. Países como China e blocos como a União Europeia já estão articulando uma reação em resposta a essa medida. No Brasil, o presidente Lula criticou as ações de Trump, classificando seu comportamento como um “cavalo de pau” que não terá sucesso.
Segundo o Ministério das Relações Exteriores, é possível que os líderes presentes na cúpula da CELAC queiram abordar o tema em seus discursos. Porém, devido às diferentes situações econômicas dos países do grupo, é esperada dificuldade para que uma posição conjunta seja alcançada sobre a questão. Por isso, o debate sobre as medidas de Trump promete ser um dos pontos cruciais do encontro, que visa fortalecer a cooperação e o diálogo entre os países da região.