O presidente Lula discursou na abertura da Cúpula de Líderes do G20, na África do Sul, destacando a urgência de combater a desigualdade global e reformar as instituições que perpetuam essa disparidade. Lula enfatizou a importância do fortalecimento do G20 como um espaço de diálogo e criticou a tendência ao protecionismo e unilateralismo. Durante o evento, ele propôs soluções inovadoras, como a troca de dívida por investimento em desenvolvimento e ação climática, além da taxação dos super-ricos.
Ao declarar a desigualdade uma emergência global, Lula destacou a necessidade de implementar mecanismos novos de troca de dívida por ações concretas de combate à pobreza e às mudanças climáticas. Ele reforçou a importância do debate sobre tributação internacional e taxação dos mais abastados como medidas essenciais para promover a equidade econômica.
Em apoio à Aliança Global Contra a Fome e a Pobreza, lançada durante sua gestão no G20, Lula respaldou a iniciativa sul-africana sobre segurança alimentar e preços dos alimentos. Ele também endossou a criação de um Painel Independente sobre Desigualdade, seguindo o modelo do painel dedicado às mudanças climáticas.
O presidente ressaltou que sem investimentos adequados, os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da Agenda 2030 da ONU não serão mais do que intenções vazias. Com 17 ODS e 169 metas, o plano visa erradicar a pobreza e preservar o planeta, garantindo dignidade para todos. Lula alertou para o aumento dos gastos militares de grandes potências, que contrastam com cortes na ajuda ao desenvolvimento e o peso da dívida nos países mais pobres.
Lula fez uma crítica contundente aos países ricos, apontando que enquanto a economia global crescia, os gastos em armamentos aumentavam consideravelmente, enquanto a ajuda ao desenvolvimento caía. Ele destacou a injustiça da dívida que consome recursos essenciais em países do Sul Global, comprometendo áreas vitais como saúde e educação para quase metade da população global.




