O presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, criticou a operação policial no Rio de Janeiro que resultou em mais de 120 mortes e pediu um novo foco. Lula enfatizou a importância de desarticular a estrutura do crime organizado, combatendo diretamente os cabecillas responsáveis pelo financiamento e direção das facções. Ele destacou os avanços na luta contra o crime, mencionando a apreensão recorde de 19,8 bilhões de reais em bens de organizações criminosas desde 2023.
O presidente ressaltou ainda o aumento significativo nas operações da Polícia Federal e a apreensão de 850 toneladas de drogas em 2024. Para complementar as ações de segurança, o governo enviou ao Congresso projetos de lei que visam endurecer as penas e desestabilizar financeiramente as gangues criminosas. Lula afirmou que a combinação de investigação eficaz, integração institucional e legislação robusta fortalecerá a segurança pública no Brasil.
Após a operação policial que resultou em múltiplas mortes no Rio de Janeiro, a Suprema Corte brasileira ordenou a preservação e documentação de todas as provas materiais. A decisão visa garantir transparência e facilitar a investigação do Ministério Público sobre os acontecimentos. O objetivo é assegurar que as ações policiais sejam realizadas de acordo com os protocolos de direitos humanos estabelecidos pela corte.
O megaoperativo policial, realizado nos complexos de favelas Penha e Alemão para combater o Comando Vermelho, resultou em um número de mortos não confirmado. Autoridades locais e a Defensoria Pública apresentam cifras discrepantes, ampliando a controvérsia em torno do caso. A ONU e organizações de defesa dos direitos humanos exigiram investigações independentes sobre o acontecido.
De acordo com as autoridades, a maioria dos mortos durante a operação possuía antecedentes criminais graves, como envolvimento em narcotráfico e homicídios. Além disso, muitos dos mortos possuíam mandados de prisão em aberto. A ação foi baseada em 100 mandados de prisão, mas apenas 20 foram efetivados pelos 2.500 policiais envolvidos.
A situação ganhou destaque nacional e internacional, levando a um intenso debate sobre os métodos utilizados e as possíveis violações de direitos humanos ocorridas durante a operação no Rio de Janeiro.




