Lula demonstrou preocupação com a forma como a operação policial ocorreu, enfatizando a importância de uma investigação independente para esclarecer os fatos e determinar as responsabilidades envolvidas. O presidente ressaltou que a ordem judicial era de prisão e não de matança, o que levanta questionamentos sobre a ação das forças policiais durante a operação no Rio de Janeiro.
O Instituto Médico Legal (IML) identificou 109 dos 121 mortos na operação realizada na terça-feira no Rio de Janeiro, sendo esta a mais letal da história do Brasil. A operação tinha como alvo a facção criminosa Comando Vermelho, responsável pelo controle do tráfico de drogas em diversas favelas da cidade. O número de mortos chamou a atenção da população e das autoridades.
As autoridades do Estado do Rio de Janeiro defenderam a operação como um sucesso, destacando que as únicas vítimas reais foram os policiais mortos durante a ação. O governador Cláudio Castro afirmou que todos os outros mortos eram criminosos, gerando controvérsias e debates sobre a legitimidade e proporcionalidade da resposta do Estado diante da criminalidade.
A operação no complexo de favelas do Alemão e da Penha trouxe à tona questões políticas complexas para Lula, que enfrenta o desafio de conciliar ações de combate ao crime com o respeito aos direitos humanos. O presidente tem buscado encontrar um equilíbrio entre o apoio popular à segurança pública e a garantia de que as ações do Estado respeitem os princípios democráticos e os direitos individuais dos cidadãos.
Lula destacou a necessidade de avaliar a operação não apenas pelo número de mortes, mas também pela eficácia das medidas adotadas pelo Estado no combate à criminalidade. O presidente ressaltou que, do ponto de vista da ação estatal, a operação foi desastrosa, evidenciando a importância de uma apuração imparcial e transparente para esclarecer as circunstâncias dos fatos e garantir justiça.
Em meio às críticas e questionamentos sobre a operação no Rio de Janeiro, Lula reforçou seu compromisso com a busca pela verdade e pela justiça, destacando a necessidade de se investigar os eventos que resultaram nas mortes. O presidente ressaltou a importância de se estabelecer responsabilidades e garantir que os princípios democráticos e os direitos humanos sejam preservados em todas as ações do Estado.




