O magistrado que pode realizar o sonho do PT de permitir a candidatura de Lula à Presidência é o ministro do STF Gilmar Mendes. Como presidente da Segunda Turma da Corte, ele já declarou que pretende colocar em votação ainda neste semestre o pedido de suspeição do ex-juiz feito pela defesa de Lula em casos envolvendo o petista.
Na última quarta-feira, dia 5, o STF aceitou o pedido da defesa do ex-presidente, excluindo a delação do ex-ministro Antonio Palocci. O conteúdo da delação trata da “doação” que a Odebrecht fez, de um terreno, para o Instituto Lula.
Ao proferirem seus votos, os ministros Gilmar Mendes e Ricardo Lewandowski atacaram o antigo juiz encarregado do caso, Sérgio Moro. Gilmar disse ver “indícios” de quebra da imparcialidade por parte do magistrado na ação do Instituto Lula. Para Lewandowski, Moro agiu no processo com “inequívoca quebra da imparcialidade”.
O julgamento também já teve dois votos contrários a Lula, o de Carmem Lúcia e o de Edson Fachin. Faltam agora votar na ação Ricardo Lewandowski e Celso de Mello, além de Gilmar — o ministro que já disse considerar que o STF “deve a Lula um julgamento justo”.
Vale lembrar que Gilmar Mendes é conhecido popularmente como o “ministro solta político”. Foi ele, por exemplo, que ordenou a soltura de Michel Temer. O PT já está lustrando a estrelinha de novo.