Lula pode concorrer às eleições de 2022 se condenações de Moro forem anuladas no STF

O magistrado que pode realizar o sonho do PT de permitir a candidatura de Lula à Presidência é o ministro do STF Gilmar Mendes. Como presidente da Segunda Turma da Corte, ele já declarou que pretende colocar em votação ainda neste semestre o pedido de suspeição do ex-juiz feito pela defesa de Lula em casos envolvendo o petista.

Na última quarta-feira, dia 5, o STF aceitou o pedido da defesa do ex-presidente, excluindo a delação do ex-ministro Antonio Palocci. O conteúdo da delação trata da “doação” que a Odebrecht fez, de um terreno, para o Instituto Lula.

Ao proferirem seus votos, os ministros Gilmar Mendes e Ricardo Lewandowski atacaram o antigo juiz encarregado do caso, Sérgio Moro. Gilmar disse ver “indícios” de quebra da imparcialidade por parte do magistrado na ação do Instituto Lula. Para Lewandowski, Moro agiu no processo com “inequívoca quebra da imparcialidade”.

O julgamento também já teve dois votos contrários a Lula, o de Carmem Lúcia e o de Edson Fachin.  Faltam agora votar na ação Ricardo Lewandowski e Celso de Mello, além de Gilmar — o ministro que já disse considerar que o STF “deve a Lula um julgamento justo”.

Vale lembrar que Gilmar Mendes é conhecido popularmente como o “ministro solta político”. Foi ele, por exemplo, que ordenou a soltura de Michel Temer. O PT já está lustrando a estrelinha de novo.

 

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STF mantém acordo de delação premiada de Mauro Cid

Após três horas de audiência, o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), decidiu manter a validade do acordo de delação premiada do tenente-coronel do Exército Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro. O ministro considerou que o colaborador esclareceu as omissões e contradições apontadas pela Polícia Federal (PF) na oitiva realizada na terça-feira, 19.

O depoimento foi enviado pelo ministro de volta à PF para complementação das investigações.

Em entrevista após o depoimento, a defesa de Cid disse que os benefícios da delação foram mantidos e ele prestou os esclarecimentos solicitados.

A oitiva foi conduzida pelo ministro Alexandre de Moraes, responsável pela homologação da delação premiada do militar. O conteúdo do depoimento não foi divulgado.

Contradições

Na terça-feira (19), Mauro Cid negou em depoimento à PF  ter conhecimento do plano golpista para matar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o vice-presidente, Geraldo Alckmin, e Moraes.

Contudo, de acordo com as investigações da Operação Contragolpe, deflagrada no mesmo dia, uma das reuniões da trama golpista foi realizada na casa do general Braga Netto, em Brasília, no dia 12 de novembro de 2022, e teve a participação do ex-ajudante de ordens Mauro Cid.

No ano passado, Cid assinou acordo de delação premiada com a PF e se comprometeu a revelar os fatos que tomou conhecimento durante o governo de Bolsonaro, como o caso das vendas de jóias sauditas e da fraude nos cartões de vacina do ex-presidente.

Mauro Cid é um dos 37 indiciados pela PF no inquérito que investiga tentativa de golpe de Estado após a eleição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

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