Lula pode receber apoio do PSD e União Brasil; Centrão parece não ceder

Pouco mais de uma semana da eleição de Lula (PT), as negociações partidárias estão a todo vapor. O gabinete de transição articula apoio com PSD, União Brasil, MDB e até o Centrão pode integrar a base do novo governo federal no Congresso Nacional. Os presidentes das siglas devem se reunir nesta semana e podem bater o martelo, inclusive porque a eleição para presidente das duas Casas também está em jogo.

A tarefa de atrair mais apoiadores é uma das principais na agenda do petista, que iniciou reuniões para planejar a gestão a partir de 2023. A conquista de aliados é estratégica para o pontapé inicial em promessas de campanha, como programas sociais. 

A chamada Proposta de Emenda Constitucional (PEC) da Transição surge como uma ‘luz no fim do túnel’ para extrapolar o orçamento e garantir o retorno do Bolsa Família e aumento real do salário mínimo. A ideia, no entanto, ainda não teve o aval de Lula.

Caso não receba o apoio, o novo governo do PT não terá rejeição a todo custo. É o que promete o presidente do União Brasil,  Luciano Bivar. Ele chegou a  afirmar que “temos que reconhecer que a esquerda foi o baluarte da defesa da democracia e das instituições”. Os acenos amistosos também partem do presidente do PSD, Gilberto Kassab.

O Centrão está sendo assediado pelo novo governo, mas não parece estar disposto a ceder. A resistência à esquerda deve permanecer, ao menos pelo atual posicionamento de Renan Calheiros, do MDB, mesmo a candidata do partido à presidência, Simone Tebet, tendo apoiado Lula e sendo cotada para uma pasta. Segundo ele,  o “gelo” aos apoiadores de Lula será a regra.

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Ponte TO-MA: Agência irá avaliar qualidade da água de rio após queda de ponte

A Agência Nacional de Águas (ANA) anunciou nesta terça-feira, 24, que está avaliando a qualidade da água no Rio Tocantins, na área onde desabou a ponte Juscelino Kubitschek, entre os municípios de Aguiarnópolis (TO) e Estreito (MA). Essa medida se justifica devido à informação de que alguns dos caminhões que caíram no rio após a queda da ponte carregavam pesticidas e outros compostos químicos.

O foco das análises está no abastecimento de água a jusante (rio abaixo) a partir do local do acidente. A ANA, em conjunto com a Secretaria de Meio Ambiente do Maranhão, vai determinar os parâmetros básicos de qualidade da água e coletar amostras para as análises ambulatoriais. O objetivo é detectar os principais princípios ativos dos pesticidas potencialmente lançados na coluna d’água do rio Tocantins.

As notas fiscais dos caminhões envolvidos no desabamento apontam quantidades consideráveis de defensivos agrícolas e ácido sulfúrico na carga dos veículos acidentados. No entanto, ainda não há informações sobre o rompimento efetivo das embalagens, que, em função do acondicionamento da carga, podem ter permanecido intactas.

Devido à natureza tóxica das cargas, no domingo e segunda-feira, 23, não foi possível recorrer ao trabalho dos mergulhadores para as buscas submersas no rio. O Corpo de Bombeiros do Maranhão confirmou nesta terça-feira, 24, a morte de quatro pessoas (três mulheres e um homem) e o desaparecimento, até o momento, de 13 pessoas.

Sala de crise

Na quinta-feira, 26, está prevista a reunião da sala de crise para acompanhamento dos impactos sobre os usos múltiplos da água decorrentes do desabamento da ponte sobre o rio Tocantins. Além da própria ANA, outros órgãos participam da sala de crise, como o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Renováveis (Ibama), o Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) e o Ministério da Saúde.

O Dnit está com técnicos no local avaliando a situação para descobrir as possíveis causas do acidente. Segundo o órgão, o desabamento foi resultado porque o vão central da ponte cedeu.

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