Última atualização 04/09/2022 | 17:06
O candidato à presidência Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou neste domingo, 4, que caso seja eleito irá reajustar anualmente o salário mínimo por percentuais acima da inflação do período. A promessa foi feita durante campanha em São Bernardo do Campo, região sudoeste de São Paulo.
O encontro contou com a presença de trabalhadoras domésticas. Durante discurso, Lula disse que os reajustes serão realizados via decreto presidencial e que será feito ”um esforço muito grande”, porque é preciso ”começar a fazer o que precisa ser feito”.
Na declaração, Lula não citou explicitamente que fará um reajuste acima da inflação. No entanto, a política de valorização do salário mínimo está no plano de governo da candidatura e chegou a ser implementando nos governos Dilma Rousseff, em 2011 e 2016.
Na última semana, uma proposta foi enviada pelo governo Jair Bolsonaro até o Congresso que propõe o Orçamento 2023. No texto é previsto um salário mínimo de R$ 1.302 no próximo ano.
Lula criticou a cifra e aproveitou para falar sobre a continuação do Auxílio Emergencial (Auxílio Brasil), que não está previsto para2023. De acordo com o ex-presidente, é preciso que o eleitor se prepare ”para não cair na mentira”.
”A gente não pode acreditar nessas mentiras porque a gente vai amargar o pão que o diabo amassou nos próximos períodos”, afirmou Lula.
Segundo informações do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), o salário mínimo serve de referência para 56,7 milhões de pessoas no Brasil, das quais 24,2 milhões são beneficiários do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).
O candidato aproveitou o encontro para atacar Jair Bolsonaro (PL), seu oponente mais bem posicionado nas pesquisas eleitorais.
“Então, esse cidadão passa o tempo inteiro enganando a sociedade. Ele [Bolsonaro] deu esse salário emergencial agora de R$ 600. Vocês estão lembrados que ele queria dar R$ 200. O Congresso aprovou R$ 600, ele depois tirou para R$ 400. Agora, como está chegando perto das eleições, ele resolveu voltar para R$ 600, resolver dar uma ajuda para táxi, resolveu dar uma ajuda para caminhoneiro até dezembro”, lembrou.
Porte e posse de armas
Antes de terminar o discurso, Lula falou ainda sobre o decreto que liberou o porte e posse de armas no Brasil, em 2019. O candidato afirmou que “quem está comprando arma deve ser o PCC e o Comando Vermelho”.
“Os bandidos estão comprando. Os bandidos já não roubam mais arma da polícia, eles estão comprando nova, zero quilômetro, com desconto e legalizada. Então, é o melhor que está acontecendo para os bandidos nesse país. É o melhor. Antigamente, comprar uma arma era muito difícil. Hoje, o mentiroso, ele legalizou a compra de arma”, completou.