O presidente Luiz Inácio Lula da Silva anunciou que deseja convocar uma reunião com representantes dos Poderes da República e de segmentos sociais para promover um ‘mutirão educacional’ contra a violência às mulheres. Diante de uma série de casos de feminicídios chocantes no Brasil, milhares de pessoas saíram às ruas em diversas cidades no último fim de semana para denunciar a violência e pedir liberdade, respeito e segurança para as mulheres brasileiras.
Lula fez o anúncio durante a 14ª Conferência Nacional de Assistência Social em Brasília, declarando a necessidade de envolver o Congresso Nacional, a Suprema Corte, sindicalistas, evangélicos e toda a sociedade em um esforço conjunto contra a violência. O presidente não estabeleceu uma data específica para a reunião, mas se comprometeu a realizar o encontro ainda este ano.
O mandatário enfatizou a importância de se indignar com a violência contra as mulheres, mencionando casos recentes como o de uma mulher que teve as pernas amputadas após ser arrastada por um carro em São Paulo e o de uma mulher grávida e seus quatro filhos mortos em um incêndio provocado pelo marido em Recife. Lula ressaltou que combater o feminicídio e a violência é uma responsabilidade de todos, não apenas das mulheres.
Lula se comprometeu a fazer da luta contra a violência às mulheres sua prioridade política daqui para frente, destacando a importância de medidas educacionais para mudar comportamentos. O Brasil registrou mais de 1.180 feminicídios e quase 3 mil atendimentos diários pelo Ligue 180 somente este ano, evidenciando a urgência do problema. Durante a conferência, o presidente também abordou a importância da PEC 383/17, que destina recursos para o Sistema Único de Assistência Social (Suas). A proposta, já aprovada em comissões, visa garantir o financiamento adequado para a assistência social.



