Lula responde críticas por ser presidente sem diploma

O Presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), declarou que o fato de não haver diploma de graduação no ensino superior não o impediu que ele investisse na educação em seus mandatos anteriores. As falas do presidente foram feitas na Argentina, no decorrer da reunão do Mercosul.

Lula ressaltou que ele e o seu vice-presidente nos primeiros mandatos, José Alencar, não possuia diploma quando tomaram posse, mas sabiam da importância de investir na educação pra fortalecer o avanço do Brasil.

O líder brasileiro enfatizou que Argentina, ao contrário do Brasil, tinha o conhecimento da importância de criar instituições de ensino superior, enquanto a Argentina construía a primeira reforma universitária, O Brasil não tinha arquitetado o primeiro campus.

“Em 1918 a Argentina já tinha feito sua primeira reforma universitária e o Brasil não tinha sequer sua primeira universidade. Quando xingarem que o Brasil é um país atrasado, saibam que alguém quis que o país fosse assim. Quando eu e o Zé Alencar tomamos posse, nós não tínhamos diploma, mas tínhamos a consciência que nenhum país se desenvolve sem antes investir na educação” relatou Lula no Twitter.

Lula é criticado por Carlos Alberto de Nóbrega

O humorista e apresentador, Carlos Alberto de Nóbrega, criticou o atual presidente durante uma entrevista ao programa Roda Viva, na última segunda-feira, 03.

“Um homem que não tem um curso ginasial, universitário, contábil…ser presidente da República? Por isso o país está desse jeito”, disse Carlos Alberto.

O apresentador revelou que já fez um convite a Lula para uma entrevista em seu podcast “O Pod é Nosso!”. Interrogado sobre o que ele perguntaria, ele relatou que pediria para o presidente justificar o fato de ter sido eleito sem possuir diploma.

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Justiça condena ex-assessor de Bolsonaro por gesto associado ao supremacismo branco

A Justiça Federal do Distrito Federal condenou Filipe Martins, ex-assessor do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), pelo crime de racismo. A decisão foi proferida pelo juiz David Wilson de Abreu Pardo, da 12ª Vara Federal de Brasília. Martins foi acusado de fazer um gesto durante uma sessão do Senado, em 2021, que foi associado a símbolos utilizados por supremacistas brancos.

Na época, Martins ocupava o cargo de assessor especial para Assuntos Internacionais da Presidência da República. O ato foi enquadrado em um crime previsto na Lei do Racismo, que trata de “praticar, induzir ou incitar a discriminação ou preconceito de raça, cor, etnia, religião ou procedência nacional”.

Pena

O juiz determinou uma pena de 2 anos e 4 meses de reclusão, a ser cumprida em regime inicial aberto. A prisão foi substituída pela prestação de 850 horas de serviços comunitários e pelo pagamento de R$ 1 mil mensais, durante 14 meses, a uma instituição social indicada pela Justiça. Martins também deverá pagar uma multa de R$ 8.250 e uma indenização por danos morais no valor de R$ 30 mil.

Na decisão, o magistrado ressaltou que o gesto, considerado supremacista, carrega uma intenção preconceituosa e de discriminação. “Uma manifestação pública e intencional, com sentido de que pessoas brancas são superiores, revela o preconceito e estimula ideias preconceituosas preexistentes”, afirmou o juiz.

Ele destacou ainda o impacto social do caso, considerando a posição de Martins como funcionário de alto escalão do Estado e o contexto de transmissão pública do ato. “Essa manifestação afeta o autorrespeito das pessoas e viola sua dignidade”, concluiu o magistrado.

Defesa e reação

A defesa de Filipe Martins criticou a decisão, classificando-a como um “ataque frontal” ao Direito Penal. Os advogados argumentaram que o gesto em questão possui múltiplos significados, é culturalmente desprovido de caráter ofensivo no Brasil e foi realizado de forma involuntária.

“Se prevalecer o entendimento adotado, qualquer cidadão poderá ser preso com base em interpretações fantasiosas de suas palavras e gestos”, afirmou a defesa, que confirmou que irá recorrer da decisão.

Histórico do caso

Filipe Martins havia sido absolvido em 2021 pelo juiz federal Marcus Vinicius Reis Bastos, que considerou que não havia provas suficientes para o crime, apenas uma interpretação do Ministério Público Federal (MPF). Entretanto, o MPF recorreu ao Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF-1), que derrubou a absolvição e determinou a retomada da ação penal.

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