Lula sofre acidente doméstico e cancela viagem à Rússia
O presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, viveu um momento de preocupação no sábado, 19, após sofrer um acidente doméstico no Palácio do Alvorada. O incidente resultou em um ferimento na cabeça e o obrigou a cancelar sua viagem à Rússia para participar da cúpula dos Brics.
Segundo informações da assessoria do presidente, ele caiu e bateu a parte de trás da cabeça, o que exigiu sua imediata atenção médica. Lula foi levado ao Hospital Sírio-Libanês em Brasília, onde foi atendido e submetido a exames, sendo orientado a evitar viagens aéreas de longa distância. No entanto, ele está bem e já retomou suas atividades, embora esteja sob observação médica. O presidente deve repetir exames de imagem nas próximas 72 horas para acompanhar a evolução do seu estado de saúde.
Com a ausência de Lula na cúpula do Brics, em Kazan, na Rússia, o ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, foi designado para chefiar a delegação brasileira. O chefe do Executivo irá participar da reunião de forma remota e está liberado para exercer outras atividades normais em Brasília.
Indiciado, Bolsonaro diz que Moraes “faz tudo o que não diz a lei”
Após ser indiciado pela Polícia Federal (PF), o ex-presidente Jair Bolsonaro publicou em sua conta na rede social X, nesta quinta-feira (21), trechos de sua entrevista ao portal de notícias Metrópoles. Na reportagem, ele informa que irá esperar o seu advogado para avaliar o indiciamento.
“Tem que ver o que tem nesse indiciamento da PF. Vou esperar o advogado. Isso, obviamente, vai para a Procuradoria-Geral da República. É na PGR que começa a luta. Não posso esperar nada de uma equipe que usa a criatividade para me denunciar”, disse o ex-presidente.
Bolsonaro também criticou o ministro Alexandre de Moraes, relator do processo no Supremo Tribunal Federal (STF). “O ministro Alexandre de Moraes conduz todo o inquérito, ajusta depoimentos, prende sem denúncia, faz pesca probatória e tem uma assessoria bastante criativa. Faz tudo o que não diz a lei”, criticou Bolsonaro.
Bolsonaro é um dos 37 indiciados no inquérito da Polícia Federal que apura a existência de uma organização criminosa acusada de atuar coordenadamente para evitar que o então presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva, e seu vice, Geraldo Alckmin, assumissem o governo, em 2022, sucedendo ao então presidente Jair Bolsonaro, derrotado nas últimas eleições presidenciais.
O relatório final da investigação já foi encaminhado ao Supremo Tribunal Federal (STF). Também foram indiciados pelos crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado e organização criminosa o ex-comandante da Marinha Almir Garnier Santos; o ex-diretor da Agência Brasileira de Informações (Abin) Alexandre Ramagem; o ex-ministro da Justiça Anderson Torres; o ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) Augusto Heleno; o tenente-coronel do Exército Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro; o presidente do PL, Valdemar Costa Neto; e o ex-ministro da Casa Civil e da Defesa, Walter Souza Braga Netto.
Na última terça-feira (19), a PF realizou uma operação para prender integrantes de uma organização criminosa responsável por planejar os assassinatos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, do vice-presidente, Geraldo Alckmin, e do ministro Alexandre de Moraes.