Morre no Rio o trombonista Zé da Velha, mestre do choro e discípulo de Pixinguinha

O trombonista sergipano Zé da Velha (1941 – 2025) faleceu no Rio de Janeiro, aos 84 anos, devido a complicações de uma infecção bacteriana — Foto: Reprodução / Facebook Zé da Velha & Silvério Pontes

Zé da Velha, que era conhecido por ter tocado com grandes nomes do choro como Pixinguinha (1897 – 1973), Jacob do Bandolim (1918 – 1969) e Waldir Azevedo (1923 – 1980), se foi deixando um legado significativo para a música brasileira.

Além de ter feito parcerias memoráveis com artistas renomados, Zé da Velha formou uma dupla afinada com o trompetista Silvério Pontes em 1986. Juntos, eles se tornaram referência no choro, transmitindo emoção e técnica em suas apresentações.

Silvério Pontes emocionou-se ao homenagear o amigo e mestre Zé da Velha, destacando a importância da música e da tradição que o trombonista representava. Ele ressaltou a influência de Zé da Velha em sua forma de tocar e de interpretar a música com paixão.

Com uma carreira que durou aproximadamente seis décadas, Zé da Velha teve passagens marcantes por diversos grupos musicais e orquestras. Na década de 1990, iniciou a discografia ao lado de Silvério Pontes, lançando seis álbuns que se tornaram referência no cenário instrumental brasileiro.

Conhecidos como “a menor big band do mundo”, Zé da Velha e Silvério Pontes encantaram o público com suas performances cheias de improvisos e técnica refinada. A biografia lançada em 2016 retrata a trajetória desse talentoso duo e sua contribuição para a música nacional.

A notícia da morte de Zé da Velha entristeceu o cenário musical brasileiro, somando-se a perdas irreparáveis ao longo do ano. Sua técnica, paixão e legado permanecerão vivos na memória dos amantes do choro e da música instrumental, perpetuando a genialidade desse icônico trombonista.