Luva de Pedreiro: ex-empresário consegue liminar para impedir reportagens

Luva de Pedreiro

Luva de Pedreiro: ex-empresário consegue liminar para impedir reportagens

O embate entre o influenciador digital Luva de Pedreiro e o empresário Allan Jesus ganhou novos capítulos neste final de semana. No domingo, 3, TVs Globo e Record, que gravaram reportagens a respeito do caso, e as exibiriam na faixa noturna, tiveram de editar as matérias por conta de decisão judicial.

O drama do Luva de Pedreiro

Os eventos vêm avançando de maneira rápida na vida do Luva de Pedreiro. Nas últimas semanas, ele rompeu com o empresário Allan Jesus e procurou novos agentes, com liderança do ex-jogador de futsal Falcão. Porém, para rescindir de fato o contrato com Allan Jesus, o Luva de Pedreiro teria de arcar com multa milionária.

O caso não para de chamar a atenção. Iran Santana, o Luva de Pedreiro, ficou famoso na Internet devido aos seus vídeos bem-humorados em um campo de terra da cidade de Tábua, na Bahia. Ele acertou com diversos patrocínios, mas não vinha aproveitando os ganhos e seguia morando em uma casa simples.

Isso mudou após o rompimento com Allan Jesus. Agora, o grupo encabeçado por Falcão está arcando com os custos de aluguel em uma residência no litoral de Pernambuco, onde Luva de Pedreiro e sua família passaram a morar. Ainda assim, o confronto entre as partes está longe de acabar.

Censura prévia na televisão

Visando repercurtir as novas informações acerca do caso, a Globo preparou uma reportagem especial para o Fantástico. Enquanto isso, a Record desenvolveu uma matéria para o programa Domingo Espetacular.

No entanto, a juíza Maria Cristina de Brito Lima, do Rio de Janeiro, concedeu uma liminar que impediu a divulgação de informações do contrato entre o influenciador digital e o ex-agente. Isso porque Allan Jesus e sua família estão sofrendo ameaças de morte.

Durante o Fantástico, a apresentadora Poliana Abritta leu um comunicado oficial da TV Globo, repudiando os discursos de ódio, mas fazendo uma ponderação.

“O jornalismo apura com isenção todos os lados da notícia e produz conhecimento sobre os fatos. É direito da sociedade ter acesso a todos os acontecimentos relevantes. A TV Globo entende que a liminar concedida viola a liberdade de imprensa e expressão, pilares da democracia e protegidas pelo constituição brasileira. Por isso, vai recorrer da decisão”, disse.

Se a liminar for derrubada, tanto a Globo quanto a Record devem divulgar as partes que precisaram ser editadas das matérias sobre o Luva de Pedreiro.

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Quatro estudantes da PUC-SP são desligados após se envolverem em atos racistas durante jogo

Quatro estudantes de Direito da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP) foram desligados de seus estágios em escritórios de advocacia após um vídeo viralizar nas redes sociais, mostrando atos de racismo e aporofobia cometidos durante uma partida de handebol nos Jogos Jurídicos Estaduais. O incidente ocorreu no último sábado, 17, em Americana, interior de São Paulo. Nos registros, os alunos ofenderam colegas da Universidade de São Paulo (USP), chamando-os de “cotistas” e “pobres”.

As demissões foram confirmadas por meio de notas oficiais enviadas às redações. O escritório Machado Meyer Advogados, por exemplo, anunciou a demissão de Marina Lessi de Moraes, afirmando que a decisão estava alinhada aos seus valores institucionais, com o compromisso de manter um ambiente inclusivo e respeitoso. O escritório Tortoro, Madureira e Ragazzi também confirmou a dispensa de Matheus Antiquera Leitzke, reiterando que não tolera práticas discriminatórias em suas instalações. O Castro Barros Advogados fez o mesmo, informando que Arthur Martins Henry foi desligado por atitudes incompatíveis com o ambiente da firma. O escritório Pinheiro Neto Advogados também comunicou que Tatiane Joseph Khoury não faz mais parte de sua equipe, destacando o repúdio ao racismo e qualquer forma de preconceito.

Repercussão do caso

O episódio gerou forte indignação nas redes sociais e foi amplamente criticado. O Centro Acadêmico XI de Agosto, que representa os alunos da Faculdade de Direito da USP, se manifestou, expressando “espanto, indignação e revolta” com as ofensas racistas e aporofóbicas proferidas pelos alunos da PUC-SP. A instituição ressaltou que o incidente representou uma violência contra toda a comunidade acadêmica.

Em resposta, a reitoria da PUC-SP determinou a apuração rigorosa dos fatos pela Faculdade de Direito. Em comunicado, a universidade afirmou que os responsáveis serão devidamente responsabilizados e conscientizados sobre as consequências de suas atitudes. A PUC-SP reiterou que manifestações discriminatórias são inaceitáveis e violam os princípios estabelecidos em seu Estatuto e Regimento.

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