O estudante Lorran Dias dos Santos, de 13 anos, percorre um trecho de quase 2 quilômetros montado em sua égua, Kíria, para buscar, de quinze em quinze dias, as atividades no Colégio Estadual Professora Ester da Cunha Peres, em Luziânia.
“Eu vou a cavalo para a escola porque é o jeito que eu tenho de estudar. Estudar é o que vai definir o que você vai ser no futuro”, disse o adolescente ao G1.
O sonho do garoto é um dia se formar em agronomia ou medicina veterinária. Ainda na oitava série do ensino fundamental, ele conta que gosta muito de estudar e que, como grande parte dos estudantes, preferia as aulas presenciais do que as remotas.
A mãe de Lorran, Lucivânia Dantas Dias, de 40 anos, explicou que em casa a conexão com a internet é fraca, e que por isso, o filho precisa ir à escola pra buscar presencialmente as tarefas.
A mulher também lembrou que o ensino remoto tem trazido muitas dificuldades, já que tanto ela quanto o pai do garoto trabalham e não podem acompanhar seu desenvolvimento escolar. “Se ele tiver alguma dúvida, não tem ninguém para ajudar”, confirmou Lucivânia.
A unidade educacional disponibilizou alguns celulares com internet aos alunos, mas como os aparelhos eram escassos, nem todos puderam receber.
E você? O que você faria para aprender?