Macacos são mortos por moradores de Senador Canedo

Dois macacos foram encontrados mortos em Senador Canedo, Região Metropolitana de Goiânia. A suspeita é de que eles foram atacados por moradores em função dos casos suspeitos da doença chamada Varíola dos Macacos. Um dos animais tinha sinais de agressão e estava sobre uma placa de sinalização.

Os macacos foram encontrados no último sábado, 2, e encaminhados para o Centro de Zoonoses para investigação. Um deles foi encontrado morto em um bosque a cerca de 3 km de onde o primeiro foi achado. Ele também tinha lesões.

Caso seja constatado que os moradores mataram os animais, a prefeitura do município deve responsabilizar os criminosos. Eles podem responder pelo crime de maus-tratos.

Varíola dos macacos:

Em Goiás, até esta terça-feira, 5, havia quatro casos suspeitos, no entanto, dois deles seguem em investigação. Duas pessoas que tiveram contato com uma pessoa, que pode estar infectada, estão em observação. Porém, não apresentavam sintomas.

A transmissão da doença ainda é investigada por especialistas. A princípio, eles afirmam que ela passa de animais para humanos. No entanto, com menos frequência uma pessoa pode passar para a outra.

Confira as formas de transmissão da varíola dos macacos:

  • Com um animal, pessoa ou materiais infectados, incluindo mordidas e arranhões de animais ou pelo uso de produtos feitos de animais infectados. Ainda não se sabe qual animal mantém o vírus na natureza, embora os roedores africanos sejam suspeitos de desempenhar um papel na transmissão da varíola às pessoas.
  • Pelo contato direto com fluidos corporais como sangue e pus, secreções respiratórias ou feridas de uma pessoa infectada, durante o contato íntimo – inclusive durante o sexo – e ao beijar, abraçar ou tocar partes do corpo com feridas causadas pela doença. Ainda não se sabe se a varíola do macaco pode se espalhar através do sêmen ou fluidos vaginais.
  • Por materiais contaminados que tocaram fluidos corporais ou feridas, como roupas ou lençóis;
  • Da mãe para o feto através da placenta;
  • Da mãe para o bebê durante ou após o parto, pelo contato pele a pele;
  • Úlceras, lesões ou feridas na boca também podem ser infecciosas, o que significa que o vírus pode se espalhar pela saliva.

Os sintomas iniciais costumam ser:

  • febre;
  • dor de cabeça;
  • dores musculares;
  • dor nas costas;
  • gânglios (linfonodos) inchados;
  • calafrios;
  • exaustão.

Nota Prefeitura de Senador Canedo:

“No último final de semana a prefeitura de Senador Canedo recebeu várias denúncias sobre macacos mortos no Município. Os animais foram recolhidos e encaminhados para necropsia para investigação da causa da morte.

Algumas lesões indicam sinais de maus-tratos, por isso reiteramos que maltratar, ferir, mutilar ou matar animal silvestre é crime ambiental, Art. 32 da Lei Federal 9.605/98, podendo resultar em detenção e multa.

Diante da preocupação da população, esclarecemos que a varíola dos macacos é uma doença rara causada por um vírus que costuma estar presente em roedores.”

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Ponte TO-MA: Agência irá avaliar qualidade da água de rio após queda de ponte

A Agência Nacional de Águas (ANA) anunciou nesta terça-feira, 24, que está avaliando a qualidade da água no Rio Tocantins, na área onde desabou a ponte Juscelino Kubitschek, entre os municípios de Aguiarnópolis (TO) e Estreito (MA). Essa medida se justifica devido à informação de que alguns dos caminhões que caíram no rio após a queda da ponte carregavam pesticidas e outros compostos químicos.

O foco das análises está no abastecimento de água a jusante (rio abaixo) a partir do local do acidente. A ANA, em conjunto com a Secretaria de Meio Ambiente do Maranhão, vai determinar os parâmetros básicos de qualidade da água e coletar amostras para as análises ambulatoriais. O objetivo é detectar os principais princípios ativos dos pesticidas potencialmente lançados na coluna d’água do rio Tocantins.

As notas fiscais dos caminhões envolvidos no desabamento apontam quantidades consideráveis de defensivos agrícolas e ácido sulfúrico na carga dos veículos acidentados. No entanto, ainda não há informações sobre o rompimento efetivo das embalagens, que, em função do acondicionamento da carga, podem ter permanecido intactas.

Devido à natureza tóxica das cargas, no domingo e segunda-feira, 23, não foi possível recorrer ao trabalho dos mergulhadores para as buscas submersas no rio. O Corpo de Bombeiros do Maranhão confirmou nesta terça-feira, 24, a morte de quatro pessoas (três mulheres e um homem) e o desaparecimento, até o momento, de 13 pessoas.

Sala de crise

Na quinta-feira, 26, está prevista a reunião da sala de crise para acompanhamento dos impactos sobre os usos múltiplos da água decorrentes do desabamento da ponte sobre o rio Tocantins. Além da própria ANA, outros órgãos participam da sala de crise, como o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Renováveis (Ibama), o Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) e o Ministério da Saúde.

O Dnit está com técnicos no local avaliando a situação para descobrir as possíveis causas do acidente. Segundo o órgão, o desabamento foi resultado porque o vão central da ponte cedeu.

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