Macaé Evaristo, nova ministra, pagou R$ 10 mil para encerrar 13 ações de improbidade

Anunciada como nova ministra dos Direitos Humanos do governo Lula (PT), Macaé Evaristo teria assinado um acordo de R$ 10,4 mil com o Ministério Público de Minas Gerais para encerrar um conjunto de ações de improbidade administrativa. As ações foram reveladas pelo jornal Folha de S. Paulo, que informou ter encontrado ao menos 13 processos no nome da futura ministra.

Segundo a reportagem, as ações da promotoria investigam compras superfaturadas feitas pela deputada estadual durante a gestão de Fernando Pimental (PT), entre 2015 e 2018, quando ela era secretária de Estado de Educação. Na época, foi apurado o superfaturamento em casos envolvendo compra de carteiras escolares.

Além disso, Macaé Evaristo também foi investigada pela realização de uma licitação para comprar 190 mil kits de uniformes escolares. Nesta denúncia, o Ministério Público aponta duas irregularidades: a primeira é de que a empresa vencedora da concorrência estava proibida de participar de licitações realizadas pelo poder público devido a um histórico de práticas ilícitas em contratos administrativos.

Já a segunda irregularidade está na compra de uniformes, cujo preço máximo por kit era de R$ 67 e R$ 77. Entretanto, a secretária comprou kits com valores entre R$ 84 e R$ 89, um montante com R$ 3,1 milhões de diferença.

Em 2022, a futura ministra assinou um acordo e pagou multa de R$ 10,4 mil para encerrar 13 processos de improbidade administrativa.

Em nota, a assessoria da parlamentar informou que, enquanto foi secretária estadual, foram realizadas licitações para compra de mobiliários e kits escolares, que posteriormente foram alvo de investigações do Ministério Público.

“Esses processos pelos quais respondi resultaram na celebração de acordos para resolução célere e eficiente sobre questões ligadas à administração pública. Destaco ainda que sempre colaborei com a Justiça de forma engajada, reafirmando meu compromisso com a transparência, responsabilidade e defesa do interesse público”, disse, em nota.

Com o acordo de não persecução civil assinado com a Promotoria, os processos contra a deputada foram extintos.

Quem é Macaé Evaristo?

Anunciada como substituta de Sílvio Almeida, Macaé Evaristo é foram em serviço social pela PUC-MG e possui mestrado em educação na UFMG, enquanto atuava como professora na rede municipal de Belo Horizonte.

Evaristo chegou a política em 2005, quando se tornou secretária municipal da educação na capital mineira. Ela permaneceu no cargo até 2012, voltando para a política em 2014 quando se tornou secretária nacional de Alfabetização, Diversidade e Inclusão no Ministério da Educação, no governo de Dilma Rousseff (PT).

De 2015 a 2018 ocupou o cargo de secretária estadual da Educação. Ela disputou as eleições pela primeira em 2018, concorrendo como deputada estadual, mas não se elegeu. Voltou para a política em 2020, sendo eleita como vereadora e, em 2022, conseguiu ser eleita deputada estadual.

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Lula impõe veto ao indulto de Natal para condenados do 8 de janeiro

Lula Impõe Veto ao Indulto de Natal para Condenados do 8 de Janeiro

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) vetou o indulto de Natal para os condenados pelos atos antidemocráticos ocorridos em 8 de janeiro de 2023, marcando o segundo ano consecutivo em que o benefício é negado aos envolvidos na tentativa de golpe de Estado. O anúncio foi feito na noite de 23 de dezembro, um dia antes da véspera de Natal, destacando a firmeza do governo em lidar com esses crimes.

Além disso, o indulto não será concedido a condenados por abuso de autoridade e crimes contra a administração pública, como peculato e corrupção passiva. O decreto também exclui aqueles condenados por crimes hediondos, tortura e violência contra a mulher, crianças e adolescentes. Integrantes de organizações criminosas, condenados em regimes disciplinares diferenciados e aqueles que fizeram acordos de colaboração premiada também estão fora do benefício.

Por outro lado, o indulto será concedido a gestantes com gravidez de alto risco, comprovada por laudo médico. Mães e avós condenadas por crimes sem grave ameaça ou violência também terão direito ao benefício, desde que comprovem ser essenciais para o cuidado de crianças até 12 anos com deficiência.

Saúde e condições especiais

O decreto prevê o perdão da pena para pessoas infectadas com HIV em estágio terminal, ou aquelas com doenças graves crônicas sem possibilidade de atendimento na unidade prisional. Pessoas paraplégicas, tetraplégicas, cegas e portadoras do espectro autista em grau severo também serão beneficiadas.

Este decreto reforça a posição do governo em relação aos atos antidemocráticos e crimes graves, enquanto oferece alívio a grupos vulneráveis. As pessoas contempladas pelo benefício terão, na prática, o perdão da pena e o direito à liberdade.

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