O presidente da França, Emmanuel Macron, afirmou nesta sexta-feira (3), que a França não importa mais soja que seja fruto do desmatamento, “sobretudo na Amazônia”. A declaração foi dada durante discurso no evento World Conservation Congress, em Marselha. As críticas do país europeu à destruição ambiental, sobre tudo no Brasil, são um entrave para a concretização do acordo entre União Europeia e o Mercosul.
Em janeiro deste ano, Macron considerou que depender da soja brasileira seria “endossar o desmatamento”. Tendo sido alvo de contestação do governo brasileiro.
Nesta sexta, ele lembrou que existe uma lei de 2020 para não se comprar soja de áreas de desmatamento, mas que a França estaria em um “período de transição”.
O presidente francês também disse que havia um acordo desde os anos de 1960, entre os países europeus e das américas para o fornecimento de grãos. Macron afirmou que seu país tem um plano de “soberania alimentar”, com o intuito de produzir localmente o alimento para gado por exemplo.
Segundo Emmanuel, a presidência francesa da União Europeia, irá no primeiro semestre de 2022 trabalhar pela redução de pesticidas e na “luta contra o desmatamento importado”.
Após as falas de Macron, o braço da ONG Greenpeace na França rapidamente comentou no twitter sobre a fala do presidente. Segundo a entidade Macron fala da importação de soja brasileira no passado, mas continuam chegando ao país europeu “navios com dezenas de milhares de toneladas de soja do Brasil”.