Macron vai aos EUA para pedir voz da Europa em negociações de paz – Últimas notícias.

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Macron vai aos EUA pedir que Europa seja ouvida em negociações de paz

Emmanuel Macron se encontrará com Donald Trump, nos EUA, para pedir que europeus sejam ouvidos em negociações sobre guerra na Ucrânia

Em meio a escalada de Donald Trump contra Volodymyr Zelensky,
[DE]
o presidente da França, Emmanuel Macron,
[DE]
viajará aos Estados Unidos,
onde deve se reunir com seu homólogo norte-americano para discutir a situação da
Ucrânia. A viagem está prevista para acontecer nos próximos dias, mas sem datas
oficiais divulgadas até o momento.

EUROPA TENTA SE UNIR

* Assim como a Ucrânia, países da Europa têm reivindicado um lugar na mesa de
negociações sobre o conflito no Leste Europeu.
* Nas última semanas, as discussões de paz avançaram. Contudo, até o momento
têm se centrado apenas em figuras de Washington e Moscou.
* Trump já revelou que pode se encontrar com Putin antes do fim deste mês para
discutir o assunto.
* Mesmo pressionado, Zelensky já afirmou que não vai aceitar qualquer acordo ou
negociação que não inclua a Ucrânia. Depois das reclamações, ele foi
classificado como “ditador” por Trump.

O encontro entre Macron e Trump foi confirmado por autoridades de Washington e
Paris. Segundo o ministro da França na União Europeia (UE), Benjamin Haddad, o
presidente francês vai aos EUA para tentar garantir que “a voz dos europeus seja
ouvida” nas negociações de paz.

Assim como Zelensky, o presidente da França tem feito uma série de movimentações
e contatos com aliados antes da visita a Washington.

Desde o dia 14 de fevereiro, Macron já telefonou para Zelensky três vezes e
também falou com Donald Trump em
duas ocasiões. Além disso, o líder francês também procurou o príncipe herdeiro
da Arábia Saudita, Mohammed bin Salman, o presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula
da Silva,
lideranças da União Europeia (UE) e o chefe da Organização do Tratado do
Atlântico Norte (Otan), Mark Rutte.

Um dos contatos com Trump aconteceu após uma reunião de emergência com
lideranças da Europa, organizada por Macron em Paris, para discutir o futuro da
guerra na Ucrânia. Na ocasião, o presidente francês defendeu que a união entre
países do velho continente, ucranianos e americanos era a “chave” para a solução
do conflito.

Na época, delegações de Washington e Moscou estavam prestes a se reunir na
Arábia Saudita para falar sobre a guerra, no primeiro contato oficial entre os
governos Trump e Putin após o avanço das conversas sobre um fim pacífico para o
conflito.

Desde então, Trump e Putin se mostram cada vez mais alinhados no discurso de
pressão contra o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky.

O presidente norte-americano se disse “desapontado” com as reclamações de
Zelensky sobre a não participação de Kiev nas conversas.
Com isso, Trump subiu o tom contra o líder ucraniano, ecoou acusações de Putin
sobre a legitimidade do presidente da Ucrânia e o chamou de “ditador”.

Assim como Trump, Putin já desdenhou do papel da Ucrânia e Europa nas
negociações entre Rússia e EUA. Apesar de negar que Kiev será excluída das
conversas, o líder russo afirmou que o atual momento é de estreitamento das
relações entre Washington e Moscou, para só
então avançar nas discussões de paz.

> “Eles [Ucrânia e Europa] querem se sentar à mesa de negociações e serem
> mediadores entre a Rússia e os Estados Unidos?”, questionou Putin na última
> quarta-feira (19/2). “Provavelmente, não. Mas por que ficar histérico aqui?
> Histeria é inapropriada.”

Já Trump chegou a desdenhar da participação de Zelensky nas negociações de paz,
e disse que o presidente da Ucrânia dificulta as discussões.

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