Madrasta condenada a 8 anos por torturar menino autista: Justiça determina indenização de R$ 50 mil e medidas protetivas

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Madrasta é condenada a mais de 8 anos de prisão após torturar menino autista e
dar cerveja para ele beber

Além da prisão, madrasta foi condenada a pagar indenização por danos morais no
valor de R$ 50 mil. Menino relatou que a madrasta teria esfregado uma roupa suja
de fezes em seu rosto.

Mãos de criança brincando — Foto: Reprodução/TV Anhanguera

Madrasta foi condenada a oito anos e dez meses por torturar menino autista e por
dar cerveja para ele beber em Abadiânia, região do entorno do Distrito
Federal. Além da prisão, ela também foi condenada a pagar uma indenização por
danos morais no valor de R$ 50 mil. O caso foi denunciado pela mãe do menino,
após ele contar que sofria as agressões enquanto estava na casa do pai.

Para o DE, o advogado Wender Chaves, que
defende a madrasta, informou que o processo tramita em segredo de justiça e que,
por isso, vai se manifestar somente nos autos. A denúncia foi realizada pela mãe
biológica, na qual relatou que o filho autista sofreu agressões durante os 17
dias que passou na casa do pai em julho de 2021.

A criança relatou, em depoimento, alguns episódios de agressões cometidos pela
madrasta, como obrigá-lo a comer alimentos que causam vômito, devido à
seletividade alimentar, comum em pessoas com TEA.

Na decisão do Tribunal de Justiça de Goiás que condenou a madrasta, é relatado
ainda que ela teria obrigado a criança a limpar o chão que ele havia sujado. O
menino relatou ainda que foi agredido com chineladas na cabeça e que a madrasta
teria esfregado uma roupa suja de fezes em seu rosto.

Inicialmente, o promotor de justiça Lucas César Costa Ferreira considerou que a
madrasta não poderia responder por maus-tratos, pois estaria prescrito pelo fato
da investigada ser menor de 21 anos na data dos fatos. Entretanto, a defesa da criança argumentou, em audiência, que o crime em questão não se tratava de maus-tratos, mas de tortura.

Justiça concede medidas protetivas a criança autista vítima em Abadiânia.

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