O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, anunciou que militares serão enviados para treinar a população de bairros populares no uso de armas de fogo, em resposta ao envio de navios de guerra dos Estados Unidos para o Caribe. Maduro acusa Washington de planos de invasão e convocou voluntários da milícia para treinamento em quartéis. Ele declarou que as Forças Armadas Bolivarianas irão ensinar a população sobre o manuseio de armas de fogo.
As Forças Armadas iniciaram exercícios militares na ilha de La Orchila, a 65 km da costa venezuelana, em meio à escalada de tensões com os EUA. Desde que os EUA enviaram uma frota naval ao Caribe para combater o narcotráfico, Maduro tem adotado medidas de preparação militar. Os EUA destruíram embarcações acusadas de transportarem drogas, alegando laços de Maduro com o narcotráfico e oferecendo recompensa por sua captura.
Maduro afirmou que, embora não busque conflitos, a Venezuela está se preparando para eventualidades. Ele denuncia uma tentativa imperialista dos EUA de impor um governo submisso para explorar as riquezas do país, como petróleo e gás. Os EUA enviaram caças F-35 para apoiar a frota naval na região, intensificando a pressão sobre o governo venezuelano.
O líder chavista não é reconhecido pelos EUA nem pela União Europeia como presidente legítimo. Maduro acusa os EUA de tentarem uma mudança de regime para controlar os recursos naturais da Venezuela. As tensões na região aumentaram com o envio de navios de guerra americanos, levando Maduro a intensificar a preparação militar do país.
Diante da ameaça percebida dos EUA, Maduro quer que a população esteja preparada para enfrentar possíveis conflitos armados. Os treinamentos militares nas comunidades visam capacitar os venezuelanos no uso de armas de fogo, em um contexto de crescente hostilidade entre Caracas e Washington. A situação permanece tensa na Venezuela, com Maduro buscando proteger o país de potenciais intervenções estrangeiras.