Maduro chama Bolsonaro de “imbecil” por relacionar vacina e Aids

O presidente da Venezuela ainda disse que o Bolsonaro deveria se dedicar mais ao governo e atender o povo brasileiro.

O presidente venezuelano Nicolás Maduro chamou Jair Bolsonaro de “imbecil” e “palhaço”, após o presidente brasileiro ter associado a vacina contra a covid-19 à transmissão da Aids.

“O imbecil do Jair Bolsonaro — imbecil, palhaço — disse ontem uma estupidez típica de um direitista, desqualificado. Ele disse que as vacinas contra o coronavírus, quando aplicadas, causavam Aids”, disse Maduro, em discurso transmitido pela TV estatal venezuelana Venezoelana de Televisión.

Maduro afirmou ainda que “Bolsonaro, todos os dias, passa seu tempo falando mal da Venezuela, em vez de se dedicar a governar e atender o povo. O Brasil atingiu 600 mil mortes pelo coronavírus”.

O venezuelano se referia ao vídeo transmitido por Bolsonaro na última quinta-feira (21), em que o presidente citou um falso relatório do governo do Reino Unido para fazer uma associação falsa entre a vacina contra a Covid-19 e a Aids.

O próprio governo britânico desmentiu a informação contida no tal relatório, que foi inventada por um site que divulga notícias falsas e teorias da conspiração. Na noite de segunda-feira (25), o Youtube suspendeu o canal do presidente Jair Bolsonaro por uma semana e derrubou a live.

O Facebook retirou do ar o vídeo, que também foi transmitido na rede social. A justificativa é de que o conteúdo publicado por Bolsonaro vai contra as políticas da plataforma, que “não permitem alegações de que as vacinas de covid-19 matam ou podem causar danos graves às pessoas”. O Instagram, que pertence ao mesmo grupo de empresas, também retirou a gravação da live do ar.

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Lula impõe veto ao indulto de Natal para condenados do 8 de janeiro

Lula Impõe Veto ao Indulto de Natal para Condenados do 8 de Janeiro

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) vetou o indulto de Natal para os condenados pelos atos antidemocráticos ocorridos em 8 de janeiro de 2023, marcando o segundo ano consecutivo em que o benefício é negado aos envolvidos na tentativa de golpe de Estado. O anúncio foi feito na noite de 23 de dezembro, um dia antes da véspera de Natal, destacando a firmeza do governo em lidar com esses crimes.

Além disso, o indulto não será concedido a condenados por abuso de autoridade e crimes contra a administração pública, como peculato e corrupção passiva. O decreto também exclui aqueles condenados por crimes hediondos, tortura e violência contra a mulher, crianças e adolescentes. Integrantes de organizações criminosas, condenados em regimes disciplinares diferenciados e aqueles que fizeram acordos de colaboração premiada também estão fora do benefício.

Por outro lado, o indulto será concedido a gestantes com gravidez de alto risco, comprovada por laudo médico. Mães e avós condenadas por crimes sem grave ameaça ou violência também terão direito ao benefício, desde que comprovem ser essenciais para o cuidado de crianças até 12 anos com deficiência.

Saúde e condições especiais

O decreto prevê o perdão da pena para pessoas infectadas com HIV em estágio terminal, ou aquelas com doenças graves crônicas sem possibilidade de atendimento na unidade prisional. Pessoas paraplégicas, tetraplégicas, cegas e portadoras do espectro autista em grau severo também serão beneficiadas.

Este decreto reforça a posição do governo em relação aos atos antidemocráticos e crimes graves, enquanto oferece alívio a grupos vulneráveis. As pessoas contempladas pelo benefício terão, na prática, o perdão da pena e o direito à liberdade.

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