Venezuela enfrenta uma crise econômica agravada por sanções dos EUA. Maduro declara emergência para proteger a economia, enquanto a inflação dispara e a recessão se aproxima.
Sanções dos EUA intensificam a crise econômica venezuelana, com inflação em alta e risco de recessão
O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, declarou um estado de emergência econômica no país em resposta às sanções dos Estados Unidos, que ele considera uma guerra comercial. A medida visa proteger a economia nacional dos efeitos das sanções internacionais, entrando em vigor imediatamente. Maduro anunciou a decisão em 8 de abril, durante uma transmissão na televisão.
Aumento alarmante da inflação
A crise econômica na Venezuela se agravou significativamente. Em março de 2025, a inflação atingiu um patamar alarmante, com aumento mensal de 13,1% nos preços ao consumidor, de acordo com o Observatório Financeiro. Isso elevou a inflação anual a 136%, enquanto a inflação central, que exclui alimentos e serviços voláteis, chegou a 140%. A desvalorização do bolívar, que perdeu 13% de seu valor contra o dólar em março, intensificou a instabilidade financeira.
Impacto nas famílias venezuelanas
As famílias venezuelanas sentem o impacto da inflação em bens essenciais e serviços. Em março, os preços de eletrodomésticos subiram 16,7%, enquanto os serviços de gás aumentaram 56% e os de saneamento, 17%. Os preços de alimentos e bebidas não alcoólicas também subiram 14%, agravando a já difícil situação das famílias.
Consequências das sanções econômicas
A situação econômica é ainda mais complicada devido às sanções impostas pelos EUA, que incluem tarifas sobre produtos importados. Essas medidas podem levar a uma recessão, segundo especialistas. O governo de Maduro culpa as sanções pelas dificuldades econômicas, enquanto críticos apontam que a gestão econômica pelo regime também é responsável pela crise.