Mãe aguarda comunicado oficial sobre morte de filho voluntário na guerra na Ucrânia

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Mãe de Bruno de Paula Carvalho Fernandes, de 29 anos, disse que já entrou em contato com a embaixada, mas que nenhum comunicado oficial sobre a morte do filho foi feito. Bruno nasceu em Barra de São Francisco, Noroeste do Espírito Santo e morava em Governador Valadares há 4 anos.

Bethania Paula da Silva Guede disse que já estava com um pressentimento ruim sobre o filho desde a última conversa de vídeo que os dois tiveram, no domingo (31). Bruno tinha ido lutar na linha de frente da guerra como soldado voluntário.

Bethania contou que já entrou em contato com a embaixada, mas que eles disseram que ainda não foram notificados do caso. A família foi informada que a comandante responsável por Bruno precisa notificar, primeiramente, a embaixada ucraniana, e que isso pode demorar dias até meses.

Segundo amigos próximos, Bruno embarcou em fevereiro deste ano para a Ucrânia e completou 29 anos no dia 30 de junho. Durante o período que estava no país, ele conversava com frequência com a mãe.

A mãe narrou que o filho, que trabalhava como técnico de enfermagem em Minas, comentava sobre a vontade de trabalhar na Ucrânia. De acordo com a mulher de Bruno, o marido sofreu uma emboscada com outros três combatentes, dois ucranianos e um brasileiro. Apenas o brasileiro sobreviveu, mas permanece internado e sem condições de fala.

Antes de se voluntariar para a guerra, Bruno atuava como técnico de enfermagem. Ele trabalhava em um hospital de Mantena, onde conheceu a esposa. Depois, passou a trabalhar no Hospital São Vicente, onde foi um dos profissionais de saúde na linha de frente contra a Covid-19.

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