Mãe de homem desaparecido há 20 dias em SP sofre angústia no Natal: ‘Dor sem igual’ – Ricardo de Oliveira Dias

Mãe de homem desaparecido há cerca de 20 dias relata angústia de passar o Natal sem o filho: ‘Dor sem igual’

Ricardo de Oliveira Dias deu notícias pela última vez no dia 3 de dezembro. Ele mora em Sorocaba (SP) com a mãe. O carro do homem foi encontrado abandonado em Jundiaí (SP) no dia 7 de dezembro.

Ricardo de Oliveira Dias tem 38 anos e mora em Sorocaba (SP) com a mãe. O carro de Ricardo foi encontrado em Jundiaí (SP) no dia 7 de dezembro — Foto: Arquivo Pessoal

A mãe do homem que desapareceu no dia 3 de dezembro após deixar o apartamento onde morava em Sorocaba (SP) aguarda respostas que possam ajudar a saber o paradeiro do filho, Ricardo de Oliveira Dias, de 38 anos.

Ao DE, Zoraide Edna de Oliveira Azevedo falou sobre o sentimento em passar o Natal longe do único filho. “Estou me sentindo sem o chão. Nada se compara com essa dor que estou sentindo agora. Uma dor sem igual. Tem horas que eu acho que ele está perdido, que ele está sem rumo. Tem horas que eu acho que ele, infelizmente, está morto, que possa ter sido vítima de algum crime. Não tenho clima para comemorar nada, para preparar ceia”, relata.

Zoraide contou que o filho estava passando por problemas pessoais há cerca de nove meses e que, nas últimas semanas antes de desaparecer, começou a agir de maneira agressiva.

“Ele vinha demonstrando um quadro depressivo. Um dia antes dele dar notícias pela última vez, eu fui até o apartamento para pegar umas roupas e ele estava pior do quando deixei a casa, não queria nem que eu entrasse lá. A madrinha dele foi comigo e ele permitiu que ela entrasse. Ele parecia estar muito nervoso. Fiquei assustada e pedi ajuda para familiares para buscarmos alguma ajuda profissional para ele”, relembra a mãe.

Ricardo de Oliveira Dias está desaparecido desde 3 de dezembro. Ele mora com a mãe em Sorocaba (SP) — Foto: Arquivo Pessoal

No dia seguinte, 3 de dezembro, Zoraide recebeu uma mensagem de Ricardo pedindo que ela ligasse para ele. “Não vi na hora. Depois, liguei e já não atendeu mais. Liguei várias vezes, mandei mensagens, mas as mensagens foram parando de chegar. Desde então, o celular está desligado.”

Segundo Zoraide, o filho saiu de casa com o carro dele, que foi encontrado abandonado dois dias depois, na Vila Rami, em Jundiaí (SP).

“Dentro do carro, estava alguns materiais de pesca no porta-malas, ele gostava bastante de pescar e costumava guardar os equipamentos no carro. Tinha também uma coberta e a chave da nossa casa. Nós não temos família ou conhecidos em Jundiaí. Eu não sei porque ele foi para lá”, explica.

Zoraide relata a angústia de não ter informações sobre o paradeiro do filho — Foto: Arquivo Pessoal

Informações sobre o paradeiro de Ricardo que possam ajudar na investigação podem ser comunicadas pelos telefones 181, do Disque Denúncia, e 190, da Polícia Militar.

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Colecionadores de presépios unem fé e arte no Natal do Alto Tietê: conheça as histórias de Roberto Lemes Cardoso e José Carlos Maziero

Colecionadores de presépios do Alto Tietê unem fé e arte para cultivar a tradição do Natal

Paixão por presépios, tradição que é um dos símbolos do Natal, virou motivo de colecionismo de Roberto Lemes Cardoso, de Guararema, e José Carlos Maziero, de Poá.

Colecionadores de presépios unem fé e arte para celebrar o Natal no Alto Tietê

Entre peças maiores e miniaturas, Roberto Lemes Cardoso tem cerca de 80 presépios. Para o colecionador, as peças fazem parte da história dele, uma tradição de família.

Segundo o aposentado, a coleção começou quando uma amiga foi ao Peru e ele pediu um presépio. A partir daí, ele acabou despertando o interesse na interpretação de povos, de lugares e artistas que confeccionam as peças e na diferença cultural que existe a partir dos presépios.

“O presépio, na verdade, é a manjedoura. Só que hoje se estende mais, alguns são só a sagrada família, mas se coloca muito pastores, cordeiros. O boi e o burro não são do presépio original, não estão na bíblia, mas eles têm um significado que foi acrescentado à gente ao logo da história”, conta Roberto.

Como ele viajava bastante a trabalho, naturalmente outros presépios começaram a chegar.

“Eu, como colecionador, não me interesso muito por ter 300 presépios, 500 presépios. Mas presépios que digam alguma coisa de algum lugar, de alguma época, de alguma pessoa, de algum artista, enfim”.

Roberto divide a coleção em três categorias: itens para a casa dele, que é mais pessoal; os presépios voltados para eventos religiosos, elaborados com foco na fé e na espiritualidade; e os que representam a expressão cultural e artística, refletindo diferentes tradições e culturas ao redor do mundo. Mas ele conta que não há uma peça especial.

“Uma hora você gosta mais, mas aí você vê o outro. É que nem filho, não tem um especial, não tem um preferido. É difícil. Inclusive, tenho uns ali que são de papel. Cheguei a comprar um que você desmontava a caixa de panetone e montava um presépio com as figuras que vinham junto. Então, isso também acho interessante”.

O presépio é uma tradição cristã. Tradicionalmente, é montado no início do advento e desmontado no dia 6 de janeiro e representa o local onde nasceu Jesus Cristo, em Belém, na atual Palestina. Retrata a cena do nascimento, com elementos como Maria, José, os pastores, anjos e os animais, como forma de celebrar a fé e o espírito natalino.

Na casa de José Carlos Maziero, em Poá, o presépio é uma grande maquete, cheia de histórias para contar, com cerca de cinco metros e todo montado pelo aposentado. Segundo ele, são necessários cerca de três meses para a montagem. Ele conta que a paixão começou com o nascimento dos filhos.

“Eu resolvi pegar as pinhas do quintal e fazer aquela casinha. Da casinha, começou a sair tudo. Aí eu queria fazer com a minha filha. Comecei a fazer pra minha filha. Depois veio o menino, aí eu comecei a fazer pro menino. Aí não parei mais, aí tô fazendo até hoje”.

Cheia de movimentos e elementos, a arte impressiona. Desde a primeira casinha feita com pinhas, onde fica a manjedoura, até os barris de vinho feitos de rolha e as parreiras de uva feitas de alpiste de passarinho, até as folhas das árvores feitas com espuma de esponja de lavar louça. Muita criatividade e dedicação que, com a aposentadoria, fez ele trocar a solda pela delicadeza dos trabalhos manuais.

Na construção do presépio, os reis magos saem cada um de um ponto da maquete rumo à manjedoura, onde brilha a estrela à espera da chegada do menino Jesus. Para José Carlos, a tradição do presépio é uma forma mágica de resgatar a fé.

“Na noite de Natal, a minha família vem até aqui. Ou quando era lá embaixo, era lá embaixo, quando era na sala, era na sala. E a gente faz uma prece. Aí nós fazemos a prece do pai nosso, ave maria. Aí cada um se abraça, dá um abraço bem doce, e é assim que a gente faz. Aí sim coloca o menino Jesus. Acabou de colocar, aí a gente faz as preces”, explica José Carlos.

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